quinta-feira, 29 de agosto de 2013

34 - "O que é que acabou de acontecer neste quarto?"

Ana entregou a bebé a Antonella que a mostrou a Pilar. Aquele era um momento feliz e um momento que nenhuma delas ia esquecer. 
Pilar não esqueceria aquele momento por ser o nascimento da sua primeira filha, o nascimento da sua continuação. Antonella não esqueceria por ser o momento da mudança e o acreditar de que agora iria correr tudo bem. Ana não iria esquecer aquele momento por diversas razões.
Segundos depois de Esperanza sair do seu colo, Ana começou a ter umas tonturas estranhas. Todo o bloco andou à roda e ela caiu. A sua sorte foi ter especialistas ali por perto e, mesmo que caída no chão frio do bloco de partos, depressa a levaram dali para ser avaliada. A queda tinha sido estranha, não tinha caído directamente com a barriga no chão, mas quando os médicos a apanharam ela estava ligeiramente em cima dela. Temeu-se o pior. Uma grávida de cinco meses, caída no chão depois de uma tontura? Algo não estava correcto. 
Antonella avisara Sergio, que entrou em desespero e sabia que não devia ter deixado Ana sozinha. As noticias demoraram a sair. Demoraram porque Ana não estava em condições. 
Na sala de observações os médicos fizeram diversos testes. Diversas análises e descobriram algo que, para o casal, é a pior das coisas que lhes podia acontecer. Um aborto. Que não tinha sido causado pela queda. O feto estava com o cordão umbilical enrolado ao pescoço e isso tinha causado a sua morte. Como é que uma mãe reage? Como é que um pai recebe a notícia? 
As reacções, essas, foram distintas. Ana, contrariamente ao que se pensava, simplesmente não reagiu. Já tinha sofrido um aborto antes e os sentimentos eram completamente diferentes. 
Antes, não sabia da existência daquele bebé, não sabia que dentro da sua barriga crescia um ser. Agora, agora tinha a certeza que amava aquele bebé, que amava aquele seu filho, o seu Santiago. Amava-o, mas já não estava consigo. Seria ela assim tão fraca que não conseguisse ter uma gravidez? Seria ela incapaz de levar uma gravidez até ao fim? As perguntas passaram-lhe pela cabeça, mas Ana só pensava em sair daquele hospital, com Esperanza nos braços e seguir a sua vida em Madrid, com o homem que ama. 
Sergio, a pessoa que mais inconformada estava com tudo. Não se conseguia conformar com o que lhes tinha acontecido. Chorou, chorou, mas controlou-se e só queria ver Ana. 
As horas passaram e Ana teve alta. Ela estava bem fisicamente, tinha algumas dificuldades, mas nada a fazia ficar internada, estava capaz de ir para casa e recuperar o que há a recuperar na sua vida. Chegou à sala de espera, onde estava Sergio e os pais de Pilar. Todos a olharam e estavam demasiado emocionados para que ela. 
- Peço-vos que não chorem à minha frente. O que aconteceu, aconteceu. Não vamos fazer disto uma tragédia monumental - aquela atitude magoou Sergio. Como é que ela poderia estar indiferente a tudo o que se tinha passado? Como é que ela conseguia pensar, ou falar? - como é que está a Esperanza?
- Ana, o importante é como é que te sentes tu! - Sergio falou com alguma brusquidão na voz, mas sentiu que tinha de ser assim com ela. 
- Eu estou bem, achas que se não estivesse os médicos me tinham dado alta? Perdi o nosso filho, mas se não está destinado a que sejamos pais mais vale não tentar mais. 
- Podem deixar-nos um pouco a sós, por favor? - os pais de Pilar, que até então eram meros espectadores ausentaram-se, ficando apenas Ana com Sergio - o que é que se passa contigo?
- Nada. 
- Ana, tu não estás nada bem...
- Ao contrário do que pensas eu estou bem. É óbvio que custa saber que perdi o nosso filho, que olho para esta barriga e que não está lá ninguém dentro. É óbvio que custa, mas eu não vou passar a minha vida a chorar e a colocar a minha própria vida em risco cada vez que abortar. O mais provável é que eu nunca possa ser mãe. 
- Mas, o que é que estás para aí a dizer? Como é que vais por a tua vida em risco?
- Não te lembras do que aconteceu no meu primeiro aborto? Não, não estavas lá. O meu coração quebrou, eu tenho de ter cuidado. Quando precisar de chorar eu vou chorar...e já chorei. É óbvio que chorei, mas não quero mais. Nós agora temos que cuidar da Esperanza, não ela não vai ser quem vai substituir o Santiago, ela não é minha, mas se eu prometi que ia tomar conta dela, é com ela que me preocupo agora.
- Sinceramente...eu não te estou a conhecer. 
- Não me conheceste também quando voltamos a estar juntos. Estas coisas mudam a vida das pessoas. Eu sou uma pessoa e acho que voltei ao meu antigamente. Ao antes de estar contigo. Mas nós em casa, ou no hotel falamos, só nós Sergio. 
- Como queiras. 
- E como é que elas estão?
- Estão bem. A Pilar já amamentou a Esperanza só que não tem muito leite, por isso em breve a menina vai ter de beber leite em pó. 
- Elas estão no quarto?
- Sim, vamos lá. 
Sergio sentia-se frustrado, sentia-se triste, desiludido. Aquela Ana que estava à sua frente era diferente. Estava diferente e ele não sabia se tinha voltado ao antigamente, mas que não era a mesma não era. 

5 dias depois: 
Ana

Chegar a casa sabia bem. À dois dias que a Pilar e a Esperanza tinham tido alta do hospital e só hoje chegamos a casa. Logo no dia a seguir a sair do hospital a Pilar começou o tratamento, a pedido dela. Ainda ficamos lá para ver como é que ela reagia, mas de a medicação ser tão forte os ataques de ansiedade que ela tinha aumentaram e os momento em que estava a dormir eram mais do que os que estava acordada. Por isso, e em acordo com os pais dela, viemos com a Esperanza para casa. 
Era estranho. Esperava entrar em casa com a Pilar e com o Santiago, mas ele já não estava em mim, não está entre nós. Todas as noites penso nele, mexo na minha barriga como se ele ainda lá estivesse, mas nada disso. Ele não está e eu não sei se quero voltar a tentar ser mãe. É uma coisa que neste momento não me passa pela cabeça.
Eu e o Sergio mal tocávamos no assunto. Não tinha cabeça para lhe explicar como me sinto, nem como lhe explicar. Basicamente falávamos por causa da bebé e pouco mais.
Estava a dar de comer à Esperanza no quarto dela, que seria também o do Santiago. Só estava metade pronto. O cantinho da menina, acho que se estivesse todo decorado seria incapaz de entrar ali.


Era fácil tomar conta da menina, ela era calminha de dia e de noite. Só comia, dormia, acordava para comer e voltava a adormecer. Sorte a minha. E do Sergio que vai ajudando como pode.
- Ana? - chamou ele, entrando no quarto. 
- Sim?
- Importaste que vá sair com o pessoal mais logo?
- Mais logo?
- Sim, eles ligaram e vão jantar fora e convidaram-me. Tu tens de ficar a tomar conta da menina não podes, mas eu posso ir. Não te importas pois não?
- Claro que não Sergio. Faz a tua vida como se nós não fizéssemos parte delas. 
- Mas vocês fazem. Eu vou dizer a eles que não vou.
- Sergio,vai. Também não posso ser egoísta. Sofreste com tudo o que se passou e precisas de sair. Mas...nada. Vai.
- A serio? Não ficas chateada?
- Não. Diz-lhes que vais. 
- Vou dizer - ele saiu do quarto e eu fiquei a olhar para onde ele estava até então. 
- O que é que acabou de acontecer neste quarto? - falei para mim mesma, sem obter qualquer resposta. Não seria a Esperanza que ma iria dar, nem eu conseguia arranjar uma neste momento. 
Tudo bem que ele quisesse sair, e se divertir, mas dizer-me que eu não podia ir porque tinha de ficar em casa a tomar conta da menina, foi tão estranho. Era como se a bebé fosse só da minha responsabilidade. Tudo bem que fui eu a dar a ideia, mas ele aceitou. Está com outras ideias?
A minha cabeça parece um poço de perguntas sem fundo. E a que mais me inquieta ainda nem eu quero pensar. Sei que ela existe, sei que está lá bem presente, mas não me atrevo a pensar nela. 
Fiquei ali pelo quarto com a bebé, enquanto arrumava as coisas dela. 

No dia seguinte:
Acabei por adormecer no quarto da Esperanza. O Sergio tinha ido jantar nem sei bem com quem e como a menina não adormeceu logo à primeira fiquei perto dela. Pela manha, ela acordou e eu dei-lhe o seu pequeno-almoço: um biberão de leite. Seria tão mais fácil se nós adultos nos alimentasse-mos só com leite. Não tinjamos de pensar em comer e no que fazer para o almoço ou o jantar. 
Quando a Esperanza estava despachada, fui até ao quarto. O Sergio dormia ferrado. Creio que o cheiro a álcool ali era maior do que se tivessem aberto uma garrafa de Vodka no meu nariz...algo está para mudar e não serei só eu. 
Arranjei-me e quando estava despachada acordei-o. 
- Fogo...deixa-me dormir!
- Sergio, eu deixo, mas precisamos de ter uma conversa muito a serio.
- Não pode ser depois? 
- Poder pode, mas prefiro te-la antes.
- Antes de que? - ele retirou a almofada da cara e olhou para mim.
- Antes que te diga coisas que não deva. 
- Não me tens de dizer nada. O que é que eu fiz?
- Ainda perguntas? Sergio, eu não quero parecer tua mãe. Somos os dois responsáveis e cada um sabe da tua vida, mas penso que ainda somos namorados. 
- Somos?
- Desculpa?
- Mais parece que estás aqui só para me fazer companhia. Ultimamente nem um beijo damos, nem um carinho trocamos. E tudo por causa daquela miúda. 
- Sergio! - como é que ele dizia estas coisas? 
- Sergio nada. Agora quem fala sou eu. 
- Ai é? Fala. 
- Desde que te aproximas-te da Esperanza que te tenho sentido cada vez mais distante. Deixas-te de ser a Ana, apaixonada e romântica e parece que nem te conheço.
- Eu também deixei de te conhecer a partir do momento em que te expliquei o que sentia em relação à morte do Santiago. 
- Era o nosso filho e tu esqueces-te que ele era importante para mim.
- E para mim não era? Sergio, só eu sei como é que são as minhas noites, só eu sei como me sinto quando me vejo ao espelho, achas bonito eu olhar para mim mesma, ver a minha barriga que ainda parece que ele está lá dentro? Todos os dias vai custando menos, mas custa. Tu, tu é que não te apercebes de nada. 
- Como é que queres que perceba se te afastas de mim?
- Porque...talvez eu não saiba estar contigo como estava. Talvez eu precise de um tempo para mim, talvez precise de um tempo longe de ti para cuidar de mim. 
- É isso? Queres acabar?
- Eu não sei, eu estou confusa, não sei o que quero fazer. Tenho essa pergunta na cabeça, como tenho muitas outras. Eu amo-te, sei disso, mas parece que nenhum de nós é o mesmo. Que nenhum de nós está em sintonia com o outro.
- E se acabássemos...o que é que fazias?
- Não sei. Não queria pensar nisso. Eu não quero simplesmente deixar-te agora.
- Por pena?
- Também.
- Se é por isso podes ir embora.
- Posso...o que? - sabia que esta conversa seria demasiado emocionada, mas chegar a este ponto era impensável. Eu chorava, porque o que ambos dizíamos um ao outro era sentido. Eu sentia o que dizia, e o Sergio sentia tudo o que estava a dizer. Via isso nos seus olhos. 
- Sim, podes ir embora. Eu não preciso que tenhas pena de mim. 
- E eu amar-te não significa nada?
- Eu também te amo, mas não é isso que está em causa. Acho que ambos precisamos de um tempo.
- Não duvides daquilo que eu sinto por ti, Sergio.
- Não duvido. Eu também te amo, e sei que me amas, não mentirias. Mas tens razão...talvez nos devêssemos afastar um do outro um tempo para ver.
- E durante esse tempo?
- Durante esse tempo vamos tentar ultrapassar a morte do Santiago, vamos aperceber-nos do que realmente sentimos e o que queremos do nosso futuro. Vamos...divertirmo-nos, ter os nossos casos...
- Achas mesmo que é possível estar com outro homem que não tu?
- Casos passageiros podem ajudar-nos a descobrir coisas. 
- Isso quer dizer que podemos estar com outras pessoas?
- Podemos. E devemos saber se o outro anda com alguém.
- Tu...queres que eu te diga quando me meter com outro? - a nossa conversa era sincera. Estávamos a ser sinceros e era só isso que importava.
- Se não te sentires bem a falar directamente comigo, vai apenas partilhando coisas no twitter que eu vou vendo. 
- Isto é tão estranho Sergio...ainda há dias planeávamos o nosso futuro...
- A vida tem destas surpresas. Já sabes o que queres fazer?
- Eu vou sair de casa...é o melhor, eu preciso mesmo de me afastar um pouco daqui. 
- E a Esperanza?
- Vem comigo. Ela está à minha responsabilidade a partir de hoje.
- Vais para onde?
- Provavelmente ficarei em Madrid, com a Miranda...só se o Xabi não me aceitar lá em casa. 
- Tenho a certeza que ele te irá deixar ficar lá. Dás-te bem com os filhos dele e ele gosta de ti. 
- Vou...falar com ela, então - levantei-me e comecei a caminhar em direcção ao meu roupeiro. 
- Ana...
- Sim?
- Dás-me só um beijo?
Seria impensável sair daquela casa sem um beijo dele. Ele veio na minha direcção e quando os nossos corpos se tocaram senti o meu mundo escapar-me por entre as mãos. Sabia que não o ia perder para sempre. A nossa separação seria temporária, em principio. O nosso beijo...foi de despedida. Era doloroso ser o último, mas era o começar de duas vidas diferentes. Ambos precisávamos disso. 


- Eu amo-te - disse o Sergio, olhando-me nos olhos. 
- Eu também te amo, Sergio. 
Nenhum de nós disse mais nada. O Sergio voltou a deitar-se na cama e eu fui até ao quarto da Esperanza onde tinha deixado o telemóvel.
Peguei nele e telefonei para a Miranda. Poucos segundos depois de iniciar a chamada ela atendeu: 
- Olá coisa boa! Como foi a primeira noite da princesa aí por casa?
- Bom dia Miró. Portou-se bem, como sempre. 
- Que se passa? Essa tua vozinha...
- Eu e o Sergio demos um tempo...
- Vocês o que!?
- Precisamos de espaço. Precisamos de definir as nossas vidas de novo. 
- Ana...não estarão a exagerar?
- Não. Não estamos Miranda. É mesmo isto que vamos fazer. 
- Eu nem sei o que dizer...não estava mesmo nada à espera. 
- Acho que eu sentia que isto ia acontecer dia menos dia. 
- E como é que estás?
- Um caco, mas sei que é o que tem de ser feito. 
- E agora?
- Agora...vou cuidar da Esperanza, cuidar do meu corpo, voltar ao que era antes da gravidez...e vou divertir-me, acho. 
- Quando é que chegas?
- Como?
- Quando é que chegas cá a casa? Vais ficar cá connosco! 
- Estava a contar com isso...mas queria falar com o Xabi. 
- Vou passar-lhe o telefone. 
- Obrigada Miranda - do outro lado da linha ouvi ela chamar pelo namorado. Ouvi também os filhos dele a falarem algo, mas depressa se calaram.
- Hola guapa! 
- Hola Xabi. 
- Como é que estás? 
- Vou indo...
- Essa voz...não está nada animada. 
- Pois. Eu e o Sergio demos um tempo. 
- A serio? 
- Sim. Ambos precisamos disso, precisamos de definir as nossas vidas outra vez. 
- Bem, não estava mesmo nada à espera. Depois do que aconteceu com o Santiago...
- Acho que isso nos afastou ainda mais. 
- Não estava mesmo nada à espera disso. Sabes que podes vir para ao pé de nós enquanto estão assim. 
- A serio? 
- Claro. És irmã da Miranda, logo és minha cunhada, logo estaremos aqui para ti. Se precisares de ajuda posso ir aí ter contigo para trazer as coisas. 
- Muito obrigada Xabi, a serio. Muito obrigada mesmo. Creio que devo conseguir levar algumas coisas hoje no meu carro e depois talvez volte cá com a Miranda. 
- Já sabes, cá em casa estarás à vontade. Quero mesmo que te sintas em casa e que possamos ajudar-te. 
- Já o estão a fazer. Obrigada mesmo. 
- Vá, não agradeças mais. Vou passar à chatinha da tua irmã que me anda para aqui a melgar. 
- Obrigada Xabi. 
- De nada - ouvi eles a trocarem umas palavras menos bonitas, mas que neles era super fofinha - pronto, quando é que chegas?
- Vou arrumar algumas coisas minhas e as da Esperanza. Talvez antes depois de almoço esteja por aí...
- Parece-me perfeito...quer dizer, perfeito era estares com o Sergio e com o vosso bebé.
- Miranda...não. 
- Desculpa. 
- Não tem mal. Muito obrigada pelo que estão a fazer.
- Não tens nada que agradecer. Vai lá despachar-te e toma conta de ti. 
- Fica descansada, maninha.
- Besos, mi amor.
- Besos, mi hermana - desliguei a chamada e comecei a preparar pequenas coisas para levar. Juntei duas malas. Roupa minha numa e tudo o que era da Esperanza noutra. 

15 dias depois:

Desde que fui morar para casa do Xabi tudo pareceu melhorar um pouco. Os primeiros dias nem por isso, sentia a falta de tudo o que havia em nossa casa. A nossa cama, a nossa banheira, a mesa onde almoçávamos e jantávamos. Senti a falta dele. Durante alguns dias. Durante todos os dias. Incluindo hoje. Amo-o demasiado mas esta separação está a fazer-me sentir de novo eu. 
Sinto-me a Ana Moreira do inicio de tudo: com garra, com determinação, com objectivos de vida. O primeiro passou por recuperar a minha forma física. Depois começar à procura de trabalho até encontrar na minha área: o jornalismo. Estava a estagiar à uma semana no jornal desportivo Marca. Sempre tinha sido uma aspiração minha trabalhar num dos mais conceituados jornais desportivos do mundo e estar lá a estagiar era já um principio. 
E quero divertir-me, quero aproveitar, quero sair à noite, ir dançar para uma discoteca e conhecer pessoas novas. Vou falando com o Sergio de vez em quando. Ele vem até cá a casa, saber como estou e como é que a Esperanza está. 
É a bebé mais pacifica que já vi em toda a minha vida. Tem os seus dias em que não se acalma com nada por causa das suas cólicas, mas tirando isso é um amor de menina. Nem parece ter vivido dentro da pessoa que é a mãe dela. 
O meu primeiro objectivo...perder os quilos da gravidez. Todos os dias me enfiava no ginásio do Xabi, pelo menos uma hora. A minha alimentação estava a ser vigiada pela Miranda e o próprio Xabi. 
- Pronta para mais um treino? - ultimamente a Miranda fazia-me companhia. Metíamos a Esperanza junto a nós e ficávamos ali até o nosso circuito estar terminado. 
- Acho que é o último que faço.
- Porque?
- Acho que já perdi todos os quilos da gravidez e o meu corpo já está suficientemente cansado. 
- Se te sentes cansada é melhor abrandares. 
- O de hoje é o último, por isso vamos queimar isto tudo. 
Subimos para a passadeira e entre corridas, pilates, bicicleta e abdominais passamos ali uma hora. Estava completamente rota. Toda suada, exausta, mas satisfeita. Sentia-me nova, no meu corpo, sentia-me saudável e com vontade de seguir em frente. 

"Isto hoje doeu, mas valeu cada minuto neste ginásio. Corpinho danone de volta!"
Enquanto a Miranda foi tomar um duche, eu fui tratar da Esperanza. Estava na hora de ela comer, mas mesmo assim não acordava. Fi-lo e quando estava a terminar, a Miranda trocou de posição comigo. Ficou ela com a menina e eu fui tomar o meu duche. 
Despachei-me em pouco tempo, vesti a minha roupa interior na casa de banho e voltei ao quarto mirando-me ao espelho. Tinha conseguido! O meu corpo estava melhor do que antes, tinha conseguido recuperar a minha forma e estava satisfeita com os resultado. 

"Resultado final 15 dias depois de começar. As lágrimas no ginásio e as dores ao fim do dia valeram a pena. Agora é...manter!"
Vesti uma roupa fresca, de verão. Estamos no fim de Agosto e as temperaturas continuam altíssimas. 
Voltei para junto da Miranda que andava a mexer no telemóvel. 
- Ana, que foto é esta que meteste no twitter?
- Os resultados finais. O pessoal anda a par de tudo e quer saber o que ando a fazer. 
- Está bem...mas uma foto assim?
- Ai Miro...é só uma foto, podiam ser os paparazi a tirar, em bikini ou não?
- Bem...podiam. 
- Então, fui eu que tirei, têm direitos de autores. 
- Só tu! Olha, que me dizes de irmos sair as duas logo à noite?
- Sair? Nós as duas? Como antes?
- Sim! Uma discoteca, nós as duas, música e bebidas pelo meio. 
- Parece-me fantástico Miranda! Mas...e a menina?
- O Xabi fica com ela. Os filhos dele vão para a mãe e ele trata da menina. 
- Oh, achas?
- Tenho a certeza. Foi ele que sugeriu. 
- Então vamos nessa! 
- Esta noite é dançar até cair para o lado! 

Horas depois:
- Xabi, se ela chorar deve ser da fome, ou então das cólicas. Se precisares de alguma coisa podes sempre ligar-nos que podemos vir logo para casa. 
- Ana, tem calma! Eu já cuidei de dois, acho que ainda sei.
- Eu sei, é dos nervos...
- Vão descansadas e divirtam-se. Não deixes a Miranda meter-se com outro madrileno! 
- Fica descansado, meu amor, que o único madrileno que eu amo és tu - disse ela entrando na sala. Estava tão bonita. 

- Estás tão bonita, Miro.
- Olha quem fala...
- Sim, não me admirava nada que arranjasse por lá alguém - atirou o Xabi. 


- Sabem bem que neste momento só me metia numa cama! E era na minha - todos nos rimos imenso e acabei por descansar já que a Esperanza tinha adormecido no colo do Xabi. 
- Vá, vamos lá arrasar corações! - atirou a Miranda. 
- Tu controla-a, Ana. 
- Fica descansado meu amor - ela deu um beijo super apaixonado ao Xabi - eu controlo a Ana porque com o corpo dela, as danças e as bebidas, cheira-me que ela não vem para casa hoje à noite. 
- Miranda! - eu? Ir dormir com o primeiro que me aparecesse à frente? Não creio...
- Não foi à toa que escolheste essa roupa ou foi?
- Sinto-me bem, qual é o mal?
- Nenhum.
- Então vamos embora! Já podíamos estar a dançar. Xabi, qualquer coisa apita.
- Fiquem descansadas.
Saímos de casa indo em direcção da discoteca. O caminho para lá foi feito de autocarro, ainda circulavam a estas horas e já tinha necessidades de ter uma vida normal. De ser eu a decidir o que fazer, de não ter medo de que os jornalistas me apanhem ao virar da esquina, de ir comer um gelado à rua, de andar de autocarro! Tinha imensas saudades de pequenas coisas que com o Sergio eram impensáveis de se fazer. Com ele, andar de autocarro era impossível, sair à rua, por si só, era um desafio. Jornalistas atrás de jornalistas. E mais jornalistas! 
O ambiente na discoteca estava já ao rubro. Dançámos uma primeira música e, no fim da mesma, dirigimo-nos ao balcão para pedir as primeiras bebidas da noite. A Miranda fez o pedido e quando o ia a beber, alguém me deu um encontrão pelas costas e a bebida foi parar ao meio do chão. 
Virei-me para trás...e aquela cara. 
- Tu? - parecia que estava de volta às minhas loucuras, recuei dois anos no tempo, parecia que estava a reviver tudo de novo. 

Agosto de 2011
Ana terminara a sua licenciatura em jornalismo à pouco mais de dois meses, e desde aí tinha começado a trabalhar no jornal "Record" fazendo apenas pequenos trabalhos. 
Ia acompanhando o trabalho dos seus colegas e recebendo alguma formação especializada. Estava com Afonso, o seu grande parceiro no trabalho, quando o chefe de redacção chega junto deles.
- Tenho um trabalho para vocês os dois. 
- Para nós? - perguntou, com espanto, Ana. 
- Sim. Neste momento os meus reporters de campo estão todos em trabalho e surgiu agora uma notícia e vocês têm de ir para Madrid já. 
- Madrid?
- O Falcão assinou pelo Atlético. 
- Assinou? - aquela notícia era esperada. Esperava-se que ele saísse do Porto, mas não tão depressa. 
- Sim. Vai ser apresentado amanhã de manhã no Vicente Calderón e eu quero-vos lá. 
- Então, vamos preparar o material - Afonso saiu de junto deles e começou a preparar a sua ferramenta. Era operador de câmara e tinha de estar tudo em condições.
Trataram de se preparar em conjunto. Seria a primeira vez que iriam trabalhar junto em campo, e logo num momento importantíssimo como a apresentação de um jogador. 
Viajaram para Madrid. Estiveram a tarde toda a preparar-se para a peça que iriam fazer sobre o momento. Gravaram algumas coisas à porta do estádio, prepararam algumas perguntas para fazer ao jogador. Deram conta que já era de noite quando o serviço de quartos lhes trouxe a ementa do jantar. 
Decidiram não jantar em casa, foram jantar fora e aproveitar para descomprimir um pouco. Afonso, que já era mais experiente em todas as andanças e que já conhecia grande parte de Espanha, levou Ana a uma discoteca no centro de Madrid. 
Dança para cá, dança para lá, acabaram por sentir que aqueles passos de dança lhes tinham ajudado a descomprimir. Ana ausentara-se para ir à casa de banho, quando dá de caras com um rapaz com uma juba para o tamanho médio, junto da porta da mesma. 
- Ou estás muito bem disfarçada de homem, ou vais para a casa de banho errada - Ana sempre teve aquele seu feitio de dizer tudo o que lhe passava pela cabeça. 
- Por acaso estás bem enganada. Estou à espera de uma rapariga que está lá dentro à meia hora - respondeu o rapaz.
- Vai na volta já saiu e nem deste conta que a moça que conquistas-te saiu.
- Queres fazer-me companhia, então?
- E o que é que eu ganho com isso?
- Talvez se entrarmos ali dentro descubras...
- És do mesmo género que eu estou a ver.
- Mesmo género que tu?
- Curtas, gostosa e que nem o teu nome vou saber. 
- Perfeito para mim. Senhoras primeiro?
- Cavalheiro, tu me gustas! - Ana entrou na casa de banho e, para seu espanto, estava vazia. Como ela haviam imensas raparigas a fazer algo parecido ao que ela faz. Quando vê algum rapaz que ache piada, cai-lhe em cima. Curtem, neste caso na casa de banho da discoteca, mas depois raramente se vêm outra vez. 
A noite terminara melhor do que começara. Ana tinha tido um bom bocado com o tal rapaz, tinha-se divertido com ele na casa de banho e com Afonso na pista de dança, apenas a dançar.
No dia seguinte foi dia de trabalho, dia de se estrear a fazer coisas de maior envergadura. A apresentação de Falcão decorrera sem problemas, conseguiu algumas respostas do jogador e deu por terminado o seu trabalho em Madrid. Estava a sair do estádio com Afonso, quando embate contra um rapaz.
- Eu peço imensa desculpa! - disse, meio atrapalhada. Aquela...pessoa. Era o rapaz de ontem. O rapaz de ontem à noite, o rapaz da casa de banho, estava em frente de Ana, com o equipamento do Atlético de Madrid vestido - tu? O que é que estás aqui a fazer? 
- Vim trabalhar...já tu, o que fazes aqui?
- Vocês conhecem-se? - interrompeu Afonso. 
- Eu depois explico-te, vai andando para o carro - pediu-lhe Ana - tu trabalhas assim vestido?
- Sim...eu jogo no Atlético. 
- E eu sou o Cristiano Ronaldo e tu não reparaste ontem.
- Eu estou a falar a sério. 
- E eu também. 
- Podes entrar ali, perguntar ao segurança se eu sou ou não jogador da equipa principal do Atlético. 
- Ainda por cima da equipa principal...eu devia ter-te conhecido não?
- Vês futebol com regularidade?
- Vejo, mas realmente o Atlético não é o meu forte. Sou mais pelo Real. 
- Pois, fazes mal, devias ver o Atlético. Mas o que fazes aqui?
- Sou jornalista portuguesa. Vim à apresentação do Falcão. 
- Jornalista?
- Desportiva. 
- E não me conheces?
- Não. Quer dizer...a tua cara não me é estranha, mas duvido que seja do futebol. 
- Se eu te disser o meu nome, achas que associas?
- Diz. 
- Mario Suarez. 
- Não... - Ana baixou a cara e desmanchou-se a rir. Como é que ela não tinha associado? Como é que não tinha reparado nele? - sim, eu sei quem és. Mas não associei mesmo. Peço desculpa. 
- Pedes desculpa pela noite de ontem?
- Não. Tu é que te meteste comigo, só fiz o que me apetece e o que te apetecia. Ficamos como antes. 
- Ficamos como antes. E posso saber o teu nome?
- Ana...Ana Moreira.
- E aquele era o teu namorado?
- Não eu não tenho esse tipo de relações. Mas agora tenho de ir, vou para Portugal. 
- Boa viagem.
- Bom treino...Mario Suárez!
Ana sentia-se envergonhada. Tinha ido para a casa de banho com um jogador de futebol, que não lhe passou pela cabeça que fosse ele. Tinha deixado as suas unhas cravadas nas costas dele e ele um chupão no seu pescoço. Como não se tinha apercebido de que era Mario Suárez, jogador do Atlético de Madrid e da selecção espanhola?

RECORDAÇÃO OFF:

- Ana Moreira... - não tinha a juba que tinha quando o conheci, mas os seus traços mantinham-se os mesmos. 
- Mario Suárez...jogador do Atlético. 
- Jornalista portuguesa. 
- Como é que ainda te lembras?
- Continuas na mesma...quer dizer, acho que ainda estás mais bonita, e és notícias em todo o lado que o Sergio Ramos ande, foi fácil reconhecer-te. 
- Tu também estás bem mais engraçadinho desde...aquela vez. 
- Perdeu-se algum do cabelo. 
- E ganhou-se outras coisas - o corpo dele estava mais definido, mas másculo. 
- Desculpem interromper... - disse a Miranda, colocando-se junto a nós - vocês conhecem-se?
- Sim. Miranda, é o Mario ele joga do Atlético de Madrid e eu fui com ele para a casa de banho numa discoteca à dois anos - o Mario riu-se e a Miranda olhou-me escandalizada.
- Porque é que eu não soube disso?
- Foi demasiado embaraçoso...eu estive com ele e não o reconheci. Depois no dia da apresentação do Falcão é que me cruzei com ele à entrada do estádio e pronto.
- Estou a ver...
- Na altura ele tinha mais cabelo e menos músculo. 
- E a Ana continuava a ter a mesma maneira de falar, mas menos corpo de mulher - estávamos a ter uma conversa tão fora do normal, mas que, no fundo, era assim que falávamos um com o outro. O Mario dizia tudo o que lhe passava pela cabeça, tal e qual como eu..
Pedimos uma rodada para os três para brindarmos. Aquela noite...ainda tinha muito para dar.

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Mario Suárez Mara - Cheers to you!
Meninas, espero que se tenham surpreendido com este capitulo! Sei que não deve ser nada do que estavam à espera, mas foi uma ideia que me surgiu nestes últimos dias em que estive dedicada a pensar nesta fic.
Espero pelas vossas reacções. Digam-me de vossa justiça!
Besos. Ana Patrícia Moreira.

7 comentários:

  1. Olá!!
    Se eu disse-se que Adorei é muito mau? Bem, não interessa. Adorreiiii!!

    Agora falando mesmo do capítulo:
    1-Quando imaginei o que poderia acontecer, nunca pensei no Santiago. Logo não estava nada à espera deste aborto. Mas olha se aconteceu é porque tinha de acontecer. Claro que não pensei que a Ana reagisse assim, não que pensasse que fosse ser um grande drama mas que demorasse a reagir e a recuperar. Mas também com a Esperanza não podia estar muito tempo a deprimir.
    2-Aquela parte do Sérgio querer ir sair e dizer que a Ana não podia por causa da menina é que eu não estava nada à espera também. Aí deu logo para perceber que ele também estava a mudar. E depois quase que pareceu que o Sérgio estava com ciúmes da Esperanza.
    3- Aquela conversa entre a Ana e o Sérgio não deixou de ser triste, vê-los tomar aquela decisão de darem um tempo à relação e pensar o quanto eles já foram felizes juntos. Mas se a Ana não conseguia estar com o Sérgio como estava antes e se precisava de um tempo para ela, então que se seja. E depois poderem estar com quem quiserem e ainda partilharem um com o outro isso é um bocado estranho mas pronto a decisão foi mútua, por isso, que venha a diversão xD
    4-O Xabi e a Miranda foram uns queridos em aceitar que a Ana fique lá em casa! E o Xabi depois também foi um querido em ficar com a menina.
    5-E que comece a diversão! xD A Ana e a Miranda as duas a sair à noite, vai ser um espectáculo. Mas pronto com a Miranda mais controlada por causa do Xabi. Agora a Ana espero que se divirta e a sério!
    6- Com que então Ana Moreira teve um caso com o Mario Suarez na casa de banho de uma discoteca e só percebeu que era ele no dia seguinte. Muito bem xD
    7-Amei este reencontro entre a Ana e o Mário!! A maneira de falarem um do outro foi mesmo engraçada e tão espontânea! Gostei do Mário!
    8-Se a noite ainda tem muito para dar…eu quero ver isso! Quero ver se aquela noite de há dois anos se volta a repetir! Quero mesmo! E se acontecer quero ver como é que a Ana vai anunciar isso ao Sérgio xD e como é que ele reage.
    9-Estou a adorar isto e a começar a gostar do Mário! Mas também gostava que daqui a uns tempos a Ana voltasse para o Sérgio e que a relação ficasse ainda mais forte. Mas vamos lá ver se a minha opinião não muda e vamos lá ver como serão os próximos capítulos e como vai ser o desenrolar desta revolução!
    10- Por fim, quero muito o próxximmoo!! Assim que acabei de ler este já estava com vontade de haver mais para continuar a ler!
    Besos!

    P.S.: Desculpa o tamanho mas havia muito para escrever!

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  2. Bem!...que posso dizer?
    Estou completamente surpreendida :o...que volta de 360º graus :O.
    Nunca imaginei q a Ana tivesse outro aborto, mas se estava destinado, n se pode fazer nada e secalhar até foi melhor. Nunca pensei q a Ana reagisse assim...parece uma pessoa fria, sem coração...mas espero q lhe passe :)
    Tenho q dizer q tb o Sérgio está um pouco distante e tb um pouco otário -.-...a culpar a Ezperança pela distância entre ele e a Ana...e acho q separarem-se por um tempo, lhes vai fazer bem e ainda bem q a Miranda e o Alonso ajudaram a Ana :)
    Estou para ver o q vai dar, agora q apareceu o tal do Atletico de Madrid :D.
    Próximo sff :*

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  3. Olá! (deve ser das poucas palavras que vou escrever!)
    Bem eu gosto do novo corpo da Ana (nao me importava de ter um assim), e a aventura do passado foi no minimo caricata e tambem gostei dos vestidos.
    Este comentario nao esta a ter la muito nexo...porque ja disse muitas asneiras ontem e o mais provavel é dizer mais hoje se nao me calar! Prefiro...esperar para ver! ;)
    Venha o proximo!

    Beso
    Ana Santos

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  4. olá!!
    eu sei que nao tenho muito costume em comentar os capitulos que postas mas desde já eu digo que sigo a tua fic há algum tempo! e estou a adorar bastante!!!
    sem duvida que esta separaçao do sergio e da ana foi repentina mas acho que fará bem aos dois e talvez os volte aproximar e que acima de tudo recuperem da perda do santiago!

    espero pelo proximo, sim?? :)

    ah, e eu adorei o Suarez! :P

    besos!

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  5. Olá , aqui esta a nossa Ana atrevida :)
    Sim , um tempo penso que foi o melhor eles precisam desse tempo para perceberem que se amam e para passar tudo o que aconteceu com o santiago.
    Acordo de podemos ter casos feito? Claro que sim e espero bem que aproveite aí com o pão do Suarez!
    Sei que mais cedo ou mais tarde eles vao perceber o amor que os une.
    Mas enquanto esse mais cedo ou mais tarde nao chega. Toca a curtir a vida não é?
    Acho que não estou a escrever nada de jeito e acho que nao tem muito nexo. Mas espero que percebas ( eu sei que vais perceber)
    Amei o capitulo , essa casa de banho da discoteca sabe muita coisa ahahh XD
    Quero o próximo rapido porque esse reencontro vai ser demais
    beijo , Rita

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  6. Antes de mais nada tenho a dizer que este comentário é meu e de uma seguidora tua e amiga minha que se chama Marisa. Ela como não está a conseguir comentar vamos fazer assim um 2 em 1.

    Sinceramente? Não sabemos o que dizer.
    E nem vamos falar muito se não o nosso comentário vais destoar um bocadinho dos outros (faz de conta que está aqui um smile envergonhado).

    A história deu uma volta gigantesca, pior do que o pino mais longo da história do universo. Parece algo retirado de um contexto à parte, um pesadelo escondido.

    E aquilo de dizerem que podem andar com outras pessoas? E no entanto continuam a amar-se? Soa a uma desculpa daqueles filmes em que um casal tem medo da reacção do outro.
    A impressão que dá a Ana? Achamos bem que queira voltar a encontrar o seu verdadeiro eu mas em certos aspectos não parece de todo ela mas um outro ser qualquer.

    Claro que a história é tua e temos a certeza que nos vais continuar a surpreender a cada capítulo que passa.

    Marisa e Daniela.

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