segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Mensagem de Natal

Mais um Natal está a chegar. Já se sente o cheirinho, cada vez está mais perto e é aquela altura do ano em que se sente o amor e o carinho entre as pessoas. Esta é a minha mensagem para vocês. Será curtinha, não quero que se cansem de mim, mas quero desejar-vos a todas um santo e feliz natal. Que estejam junto daqueles que mais amam, daqueles que mais vos amam. Que sorriam, que celebrem, que se sintam felizes nesta época tão bonita. Acreditem no Pai Natal, pelo menos amanhã, e sintam a magia deste tempo. A todas, a todas mesmo, um excelente Natal. 
Terminem 2013 da melhor forma: a sorrir, a amar, a apaixonar, a viver! Vivam as vossas vidas, apaixonem-se e sejam felizes. Que 2014 nos traga coisas boas, nos traga mais amor, mais carinho e que nos mantenhamos juntas. 
A cada comentário vosso depois de cada capitulo publicado, sinto como se a família se tivesse reunido. Pouco a pouco criámos aqui uma família que quero que se mantenha para o ano! E que aumente (se for o caso). 

SEJAM FELIZES! Tudo de bom princesas! 

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO! 


sábado, 7 de dezembro de 2013

42 - "O que é que se passa com a menina? O que é que ela tem? Os médicos já te disseram alguma coisa?"

Ana: 
Tinha conseguido ter o resto de dia livre. Os nervos tomaram conta de mim, a pequenina estava com algum problema, quase que aposto. Para a Miranda não ter dito nada é porque aconteceu alguma coisa. Mas o que? Quando sai de casa ela estava bem, estava a dormir tranquila e perfeitinha como sempre. 
Sai da redacção indo até à rua e esperei que a Miranda e o Xabi chegassem. Ela disse que estavam a vir ter comigo é porque devem estar a chegar. Demoraram cerca de cinco minutos, não dei tempo que a Miranda saísse do carro e entrei logo para os bancos traseiros. O Xabi começou logo a conduzir e eu cheguei-me para a frente, ficando no espaço entre o banco do condutor e o do pendura. 
- O que é que aconteceu? 
- Não sabemos muito bem, Ana...eu liguei para o Sergio por causa do jantar e ele disse que estava a ir para o hospital com a menina. 
- Para o hospital? Mas o que é que aconteceu? 
- Ele disse que ela estava com umas manchas na cabeça, nas mãos e nos pés. Ele disse que estava estranha e que achou melhor levá-la ao médico. 
- Claro...
- Ele não me disse para te avisar, mas é óbvio que sabia que o ia fazer. 
- Será que é alguma coisa grave?
- Vais ver que não... - disse o Xabi, tentando tranquilizar-me. A verdade é que quando falava com ele por causa da menina ele conseguia sempre explicar-me coisas de pai e mãe que eu não sei - o mais provável é que seja alguma alergia.
- Alergia...a que é que ela pode ser alérgica? Ao leite?
- Por exemplo...a médica não o mudou à pouco tempo?
- Sim...
- Pode ser reacção a isso...
- Mas assim? Na pele? - perguntou a Miranda.
- Pois também não sei...mas já estamos a chegar e já vamos saber o que se passa.
Encostei-me no banco e em menos de dez minutos já estávamos a estacionar o carro junto do hospital. Saímos os três do carro e fomos até à recepção do hospital. Ia a perguntar pela menina, quando o Sergio aparece. 
- Então? O que é que se passa com a menina? O que é que ela tem? Os médicos já te disseram alguma coisa? - acho que o enchi de perguntas, mas o meu instinto é proteger aquela bebé porque ela está à nossa responsabilidade. 
- Calma... - ele colocou-se a meu lado, ficando de frente para o Xabi e a Miranda. Meteu a mão dele nas minhas costas e a Miranda sorriu...percebi que ela tinha visto aquilo - estão a fazer testes à menina, já nos dizem qualquer coisa daqui a pouco. 
- Mas eles não disseram o que poderia ser? - inquiriu a Miranda.
- Pode ser uma alergia, foi só o que disseram.
- Vês, eu disse - afirmou o Xabi.
- Ai...tadinha, será que lhe dói? - a minha menina...alergias é sempre complicado, será que está com vontade de se coçar? Ela nem sabe o que isso é...
- Tu quando fores mãe, vou ter pena dos teus filhos! - Miranda...bela saída - desculpem... - acabou por se aperceber cinco segundos depois do que é que tinha dito. 
Não sabia o que lhe responder, não sabia porque eu quero ser mãe, quero muito. Mas depois de tudo o que aconteceu com duas gravidezes completamente deitadas por água abaixo, nem sei se o quero voltar a tentar. 
Ficou tudo sem saber o que responder...não falámos sobre o assunto. Fomos para a sala de espera, já que o Sergio tinha deixado lá as coisas da menina. 

45 minutos depois:
- Se não me aparecer um médico aqui nos próximos cinco minutos, eu entro por ali dentro! - estamos à 45 minutos à espera que nos digam alguma coisa sobre a Esperanza. As enfermeiras que por aqui passam só nos dizem que estão a fazer exames e que ainda não sabem os resultados. 
- Ana, tem calma. A bebé está em boas mãos - a Miranda, que estava sentada ao meu lado e era a única que ali estava, tentou acalmar-me. O Sergio e o Xabi tinham ido até à recepção ver se lá já sabiam de alguma coisa. 
- Mas eu quero saber dela...ela é muito importante para mim, Miro. 
- Eu sei disso...mas tens de ter calma porque ela está bem - ela deu-me um beijo na bochecha e nesse momento um senhor de cabelo grisalho e bata branca chega ao pé de nós. 
- São as responsáveis pela Esperanza Rubio?
- Sim - levantámo-nos imediatamente e o médico esticou-me a mão. Apertei-a e fez o mesmo com a Miranda - como é que ela está? O que é que se passa?
- Bom...não é nada de grave podem ficar descansadas - saber isto podia-se considerar um alivio - fizemos todos os testes possíveis á bebé e descobrimos a razão de ela estar como está. 
- Então doutor? 
- A Esperanza tem dermatite atópica.
- O que é isso doutor? - inventam com cada nome de doenças que uma pessoa mais parece que ouve chinês! 
O médico ia a começar a explicar quando o Sergio e o Xabi aparecem. Depois de os cumprimentar, lá começou a explicação:
- Bom, uma dermatite atópica assemelha-se a uma alergia, contudo não se trata de uma reacção alérgica. Demorámos mais em dar notícias porque estivemos a fazer todos os exames alérgicos e podem ficar descansados que ela não é alérgica a nada. 
- Então porque é que teve essa reacção? - perguntou o Sergio. 
- Isso é o que queria ver convosco: ela mudou de ambiente ultimamente? Se apanhou muito frio, ou muito calor? Se trocou de cama, por exemplo.
- Sim...ela esta noite dormiu numa cama diferente. 
- E sabem se os lençóis eram de um material diferente?
- É capaz...quais eram os lençóis da cama? - perguntei ao Sergio, já que eu não tinha feito aquela cama. 
- São uns de verão, mais leves...mas não sei o material.
- O mais provável é que tenham partículas de materiais ásperos e isso causou a reacção na menina. Tentem evitar esse tipo de materiais na roupa dela, na roupa de cama e do banho e não se têm de preocupar mais com isto. Com o tempo desaparece, é comum nos bebés aparecerem porque ainda estão com a pele muito sensível.
- E agora doutor?
- Agora tentem que ela tenha as zonas do vermelhão sempre protegidas e Hallibut é o melhor. Irá secar a zona e impedir o alastramento. 
- Só isso?
- Sim. Se, por acaso, repararem que aumenta, aí dirijam-se de novo ao hospital. Mas ela desde que está aqui continua na mesma. Por isso não se alarmem. 
- Muito obrigada, senhor doutor. 
- Não me agradeça. Quem são os responsáveis da Esperanza? 
- Somos nós - disse o Sergio, apontando para mim e ele. 
- Venham comigo. Vamos tratar da alta da Esperanza e podem levá-la para casa. 
Fomos os dois atrás do médico, que nos levou até à Esperanza. O Sergio é que foi tratar da papelada e eu fui ter com a pequenina. 
- Oh minha doçura... - contrariamente ao que esperava, a Esperanza estava super bem disposta. Riu-se logo assim que me viu e a dar aos braçinhos. Reparei no vermelhão que tinha nos pés, o das mãos era menos e na cabeçinha também tinha. Os próximos dias tínhamos de ter cuidado com ela, porque a mania de meter as mãos na boca tem de acabar. 
Vesti-a e meti-a no babycoque. Esperei um tempinho só a olhar para ela e sempre a tirar-lhe a mão da boca, até que aparece o Sergio com o médico outra vez.
- Pronto, estão despachados. Qualquer coisa podem sempre cá voltar, mas espero que não. Sigam as indicações que vos dei.
- Muito obrigado doutor - disse o Sergio, dando-lhe um aperto de mão e pegou no babycoque...e ainda bem que o fez que eu levar aquilo é sempre complicado. 
- Obrigada senhor doutor - dei-lhe, também, um aperto de mão e fomos até à sala de espera, outra vez. 
- Tudo prontinho? - perguntou a Miranda.
- Sim...agora é andar sempre de olho nela para não por as mãos na boca - respondeu o Sergio que, pelos visto, já tinha percebido o esquema. 
- Jantam lá em casa? - inquiriu o Xabi. 
- Sim...eu moro lá, para todos os efeitos - respondi. Reparei que a Miranda e o Xabi estranharam tudo aquilo.
- Vais continuar lá em casa? - o Xabi foi quem exteriorizou a pergunta que os dois queriam fazer. 
- Já estão assim tão fartos de mim?
- Não é isso... - o Xabi ia a falar, mas não era preciso continuar já que o Sergio o interrompeu. 
- Nós ainda não decidimos o que fazer. Podemos aproveitar o resto da tarde para perceber se ela mora lá ou volta para casa... - vamos ter uma tarde interessante não haja duvida...
- Então decidam lá isso, mas jantam connosco. 
- Sim. 

Do hospital fomos para casa do Sergio...deixámos a Esperanza na sala, dentro da babycoque já que ela tinha adormecido. Estávamos os dois sentados no sofá, bem pertinho um do outro.
- Queres voltar a seres a rainha aqui da barraca? - ele tentou ser sério, mas acabámos por nos rir os dois.
- Sergio...eu não sei.
- Para tentarmos a sério...devíamos ser os três juntos. Agora devias era tratar das minhas costas... - ele aproximou-se ainda mais de mim, rodeando a minha cintura com os seus braços. 
- Estão assim tão más...?
- Bem...acho que nunca tinham estado assim. Tens de ir à manicure. 
- Tadinho... - comecei a dar-lhe beijos na testa, depois na bochecha, no nariz e nos lábios - a culpa é toda tua, sabes?
- Mas o que é que eu faço para me arranhares todo?
- Fazes tudo assim a uma escala brutal. 
- Fica sabendo que é só para ti...
- É...espero bem que agora seja só para mim mesmo!
- Sou todo e só teu. Não me partilhas nem partilharás com ninguém. 
- E eu também sou tua. Achas que preciso de trazer tudo o que está em casa do Xabi?
- Isso...?
- Isto sou eu a dizer que vou voltar para a nossa barraquinha e para o nosso quartinho, para os teus braços todos os dias ao fim do dia e acordar todas as manhãs com um beijo de bons-dias. 
Isto sim. Isto é o que eu quero. É o que eu quero que aconteça a partir de hoje. É o que eu quero para o nosso futuro, para o nosso presente.