sexta-feira, 4 de outubro de 2013

38 - "...só espero que ele seja só mais um."

Assim que atendi a chamada ouvi a voz do Sergio:
- Bom dia.
- Bom dia, Sergio - retribui-lhe os bons dias, encostando-me no sofá. 
- Como é que estás? A tua voz está estranha...
- Estou a ficar um bocadinho doente...e tu, como estás?
- Eu estou bem...estás sozinha com a Esperanza...não seria melhor teres alguém que te ajudasse para a menina não ficar doente?
- Sergio...já deves ter visto as notícias. O Xabi já te deve ter contado. Neste momento estou com o Mario e ele está a ajudar-me a tomar conta da Esperanza...não estou sozinha.
- Ah...estás com ele...então ele que cuide da Esperanza e tu cuida de ti.
- Sim...Sergio...eu queria dizer-te antes que se soubesse na imprensa, mas foi tudo muito rápido. 
- Eu entendo...já sei como é que os jornalistas são. 
- Desculpa não ter sido eu a contar-te directamente. 
- Não tem mal...só espero que ele seja só mais um. 
- Sergio, por agora ele é o Mario, o rapaz que está comigo porque nos damos bem e temos uma história...
- Podes apaixonar-te? - a pergunta que tanto o Sergio, como o Mario e eu queremos ver respondida. 
- Se me posso apaixonar...? Tudo na vida é possível, mas o que eu sinto por ti não se apaga com uma pessoa...terão de ser sentimentos muito mais fortes para que eu consiga esquecer o que tu és para mim - olhei para o Mario que brincava com a Esperanza, tinha um sorriso, mas mesmo assim estava um pouco estranho. 
- Só o tempo o dirá, certo?
- Sim...
- Não te vou mentir...tenho mesmo pena que as coisas estejam assim. Mas, como disseste, só sabemos lidar um com o outro pelo telefone...
- Talvez um dia Sergio...mas ainda é cedo. 
- E...posso receber as tuas palavras antes do jogo?
- Claro que sim. Perto da hora do jogo...eu mando-te mensagem. 
- Gracias... - notei que a voz dele tinha mudado...mas eu tinha prometido que lhe iria dar a minha mensagem...não era para ele ficar...triste.
- De nada Sergio... - ficou um silêncio estranho nos dois lados da linha. 
- Bom...tem um bom dia e fica boa depressa. Estamos...a chegar ao hotel. 
- Obrigada Sergio. Tem um bom dia tu também. 
Ainda era estranho despedirmo-nos assim...não era o nosso habitual ritual...mas é o que se sente no momento. 
Assim que desliguei a chamada, encostei a minha cabeça nas costas do Mario, já que este estava desencostado do sofá. 
- Não correu bem...? - perguntou o Mario. 
- Nem bem, nem mal...são estranhas estas conversas, mas creio que ele percebeu o que se passa. 
- E...nós? - eu cheguei-me mais para a frente olhando para ele. 
- Nós estamos aqui não é? 
- Estamos...
- Então. Só temos é de aproveitar. Tu sabes que eu não estou à procura de nada sério...e espero que percebas mesmo. 
- Sim. Isso eu entendo na perfeição. Mas...e se um de nós se apaixonar...?
- Nesse caso teremos de falar um com o outro abertamente...e ver o que dá. 
- É assim?
- É assim.
- Eu estou a gostar imenso de estar com vocês...a sério que estou. 
- E eu a gostar de estar contigo. E sei que a Esperanza também. 
Ele aproximou-se...reticente, mas acabei por lhe sorrir e dar-lhe um beijo. A verdade é que aqueles lábios são aliciantes...são bons. 
Até à hora de almoço pouca coisa foi feita...ficámos os três no sofá. Eu melhorei um pouco, com o efeito do comprimido, mas mesmo assim ainda me doía a garganta. O Mario e a Esperanza adoravam-se! A menina só ri com ele e teve, pela primeira vez, soluços! Ficámos um bocado para o assustados já que ela ficou um pouco estranha mas, felizmente, passou. 
Por muito que não me apetecesse...tive de almoçar. Mas só comi uma sopa...as dores de garganta não davam para muito mais. Como é habitual, uma hora depois de almoçar a Esperanza adormeceu na alcofa dela, junto de nós...que voltámos ao sofá. 
- Acho que estás a apanhar a maior seca da tua vida... - comentei. 
- Porque dizes isso? - perguntou ele, aconchegando-me mais no seu corpo. Com tanta proximidade quem fica doente é ele...mas ele quer que eu fique assim...não posso fazer nada contra. Até porque gosto...
- Oh...estamos aqui a olhar para a televisão e nada mais...podias estar muito bem a divertir-se.
- Mas isso era preciso que eu quisesse. 
- Diz lá que não preferias estar numa bela piscina a apanhar banhos de sol em vez de estares aqui enfiado nesta casa com uma gaja toda constipada. 
- Sinceramente...prefiro estar aqui enfiado nesta casa, com a gaja constipada mais linda que já vi. 
- Bem...essa gaja deve ser mesmo linda...até constipada é bonita?
- És! - ele voltou a aconchegar-me nele, beijando-me o pescoço. 


- Obrigada mesmo por estares aqui.
- De nada, loca
- Estás quentinho... - sendo possível, ainda me encostei mais nele...o comprimido deveria estar a passar o efeito e a febre a voltar. 
- E tu estás quente demais. Vais ter de tomar outro comprimido, Ana. 
- O senhor enfermeiro acha?
- Acho! 
- Sabes o que é bom para a febre também? - virei-me para ele, dando-lhe um beijo. 
- Essas ideias a esta hora? Com a febre que tens?
- Que ideias...? - ele lançou-me um olhar mais louco e percebi a que ideias ele se referia...era o que eu tinha em mente, mas não o ia admitir - achas mesmo que é isso!? Eu aqui toda doente e tu a pensar nisso! 
- Desculpa...pensei que estavas a pensar nisso...
- Não...estava mesmo a pensar num banho de água gelada. E tu se estás com essas vontades também te fazia bem! 
- Dispenso!
- Eu também...a minha ideia era mesmo aquecer ainda mais contigo.
- Ana...tu estás doente. 
- Mas eu quero! 
- Estás assim tão necessitada? 
- Digamos que...a nossa noite me despertou assim umas vontades maiores...e já que não te inclui no pequeno-almoço...
- Então mas...temos aí a miúda.
- Pois. Realmente...
- Não tens aquela cena que se mete ao pé dos bebés e ficamos com um no quarto no caso de ela chorar? 
- Tenho. 
- Então vou deixar ela no vosso quarto e deixo lá a cena. E trago a outra para baixo e tu não saias daqui! - ele levantou-se, passando por cima de mim e pegou na alcofa da Esperanza. 
Foi até ao andar de cima e...com os calores que eu tinha decidi adiantar o trabalho. Fiquei apenas de lingerie e o casaco. 
O Mario voltou depressa para a sala, colocando o aparelho em cima da mesa de centro, para, de seguida, se meter em cima de mim.
- Estavas com muito calor, não? 
- Um bocadinho...mas...que tal passarmos para a parte da acção? 
- É para já - depois de uns beijos na boca e no pescoço. A mão do Mario deslizou por todo o meu corpo, acompanhada pela minha mão, até que chegou à minha coxa. 


De um momento em que eu precisava de tomar um comprimido que me iria baixar a temperatura corporal, passámos para O momento em que as temperaturas dos nossos corpos subiram imenso. A "primeira ronda" como apelidou o Mario, foi ali mesmo no sofá. Quando eu pensei que estava completamente satisfeita e que iria descansar, eis que surge a segunda. Estava já de roupa interior quando fomos para no chuveiro do meu quarto...segundo o Mario ajudaria a manter as temperaturas mais baixas.


A verdade é que nesta segunda ronda...foi tudo muito mais calmo. Aproveitámos o momento para desfrutar daquela água a cair sobre nós. Água essa que nem estava quente nem fria, para o Mario, porque para mim estava gelada. Poderia ajudar a baixar a febre. 
Chamem-me maluca...porque sou! 
No entanto, fomos interrompidos pelo choro da Esperanza. Sai primeiro do duche, enrolando uma toalha no corpo e uma no cabelo e fui até ao quarto. Estava na hora do biberão dela.
Fui com a menina até à cozinha e preparei-lhe o biberão. 
Quando estava a começar a dar-lhe, senti...aqueles lábios. Senti OS lábios nas minhas costas.   


Meninas! Aqui está o 38. Espero que gostem e que deixem as vossas opiniões.
Queria agradecer à Paula que começou a ler a fic muito recentemente e que está actualizada nos capitulos. Muito obrigada.
Em relação ao comentário que deixaste Paula fiquei com uma pequena duvida: mais fotografias como?
Espero a tua resposta.
Beijinhos a todas e espero os vossos comentários :)
Ana Patrícia Moreira.

4 comentários:

  1. Olá!!
    Adoorreeii como sempre!!
    A conversa com o Sergio apesar de estranha no foi assim tão má!! Agora aquela pergunta do Mario deixou-me a pensar não será que ele se está a apaixonar mesmo pela Ana?? Era engraçado mas ao mesmo tempo não tinha graça nenhuma!
    Fogo nem doente e com febre a Ana perde a vontade xD e pronto mais um momento calliente com duas rondas xD Só foi pena a esperança ter interrompido! :D
    Agora....esta parte final deichou-me desconfiada...aqueles lábios? Os lábios? Por momentos pensei que era o Sérgio mas ele tava no hotel e ia ter jogo. Logo são os do Mário certo? Que confusão!
    Quero o próximo para ver se percebo!
    Próxxiimmoo!!

    Besos guapa!

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  2. Olá :)
    Claro que eu amei este capitulo , está tão lindo.
    Eu a ser muita má , opá aquela conversa não era necessário XD Mas ao mesmo tempo é necessária , porque eles vao voltar um para o outro não é?
    Agora tipo eu quero o próximo capitulo , porque quero estes dois loucos com as suas loucuras novamente.
    AMEI :)

    Beijos, * Rita **

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  3. ameiiiiiiii, poças a ana é insaciável ou quê? até doente tem paciência para esses pensamentos... até fiquei com pena do Sérgio :(

    em relação ás fotos referia-me à roupa dos protagonistas e à Esperanza, ainda não a conhecemos... :)

    espero o próximo capítulo ansiosamente

    Paula

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  4. Olá...gostei muito.
    A conversa com o Sérgio foi um pouco estranha...mas eles tb são um pouco para o doido...eu percebo :P
    Tenho a sensação q o Mário está-se a apaixonarpela Ana...por acaso até gostava ;)
    Só uma pergunta...mas será q a Ana é alguma viciada em sexo? :P...nem doente, a vontade lhe passa :P
    Próximo sff :P

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