terça-feira, 4 de março de 2014

46 - "Diz-me tu, como é que achas que eu posso fazer a Ana feliz?"

Ana sentiu-se a quebrar por dentro. Já sabia que iria ser difícil que Ane aceitasse que Mario estivesse ali como seu amigo, quanto mais se Ane pensasse que ele fosse o "substituto" de Sergio. Percebeu que iria ser complicado que a menina se desse minimamente bem com Mario...mas, para a harmonia daquela casa, era necessário que se dessem bem. 
Enquanto que ela pensava no que iria dizer a Ane, Mario agiu de impulso. Foi até junto de Ana e Ane, baixando-se de forma a ficar do tamanho da filha mais nova de Xabi. 
- Olá Ane...eu sou o Mario - ele esticou-lhe a mão e a menina acabou por a apertar - olha...se não quiseres gostar de mim, não faz mal. É normal, não podemos gostar todos uns dos outros. Mas olha - ele colocou as suas mãos na cintura da menina, puxando-a para ele - eu gosto muito da Ana, vou tratar dela, fazer-lhe bem...fazê-la feliz. E gostava muito de puder brincar contigo, conhecer-te...porque és uma menina muito bonita - o jeito de Mario com crianças fez Ana perder-se nas palavras que proferiu. A ternura com que as dizia para Ane era a perfeita para o momento, se Ana fosse a menina teria ficado completamente encantada com Mario. Mas Ane é diferente...Ane tem um feitio especial
Jon, que se mantinha atrás de Mario a ouvir tudo o que ele dizia, sorriu e olhou para Ana que olhava para ele. Jon tinha uma mentalidade muito madura para a sua idade. Talvez por causa do divórcio dos pais, talvez isso o tenha feito crescer. Mas Ana percebia que aquele menino compreendia verdadeiramente o que se estava a passar.
- Como é que eu sei que a vás fazer feliz? - perguntou Ane, um pouco a medo. Afinal estava a falar com um desconhecido e ficava sempre timida. 
- Diz-me tu, como é que achas que eu posso fazer a Ana feliz? 
- Tens de ser melor que todos os namorados da tia. Dar más bejitos, más festitas, más fulores, más chicolates, brincar comigo, com o meu mano, com a Esperancia. E não fazer a tia chorar. Consegues? 
- Acho que sim...
- Eu posso gostar de ti...mas não agora, está bem?
- Vale! 
- Mario, podemos ir jogar à bola? - perguntou Jon, interrompendo aquele momento. 
- Jon...se calhar o Mario está cansado - "De que Ana Filipa? Ele esteve sempre deitadinho do teu lado enquanto tu dormias...não deve estar assim muito cansado."
- Não, não há cansaço nenhum - Mario levantou-se, olhando para Jon - tens alguma bola?
- Tenho muitas, aquelas todas que o pai trás para casa. 
- Boa, vamos jogar então - Mario virou-se para Ana, aproximou-se dela, colocando uma das suas mãos na anca dela - quando for para fazer o jantar chama que eu ajudo-te, minha doentinha - não se preocupou de ter dois pequenos a olharem para eles e simplesmente fez os seus lábios juntarem-se aos de Ana, num beijo saboroso. 
Tanto Jon, como Ane ficaram surpreendidos. Só tinham visto Ana a beijar Sergio uma ou duas vezes, viam sempre mais os abraços e as festinhas, mas os beijos não...e Mario tinha acabado de o fazer de livre vontade, deixando os meninos um pouco envergonhados. 
Jon foi com Mario até ao jardim enquanto Ana ficou com as meninas na sala. Esperanza dormia na sua alcofa, enquanto Ane a observava com aquela ternura tão característica das vezes que o fazia. 
- Tu gostas mais do Mario, tia? - Ane, que até agora parecia que já tinha esquecido o assunto, sentou-se do lado de Ana esperando por uma resposta. 
- Gosto mais do Mario do que...quem?
- Do que o tio.
- São gostares diferentes, pequenina.
- Mas vocês são namorados?
- Ainda não...estamos os dois juntos, é isso. 
- Mas dão bejitos como a Miranda e o meu papá dão. 
- Isso é porque gostamos muito um do outro, quase como a Miro gosta do teu papá. 
- E tu esqueceste o tio?
- Não...
- Então como podes estar com outro? - Ane estava visivelmente confusa, Ana percebera isso, mas estava a responder com a verdade a todas as perguntas que ela lhe fazia. 
- Ane...são coisas complicadas. Coisas que só quando fores grande é que vais compreender. Mas, o que eu te posso dizer, é que o Mario me está a fazer muito feliz nestes dias. Entendes?
- Sim...acho que sim. Ele vai papar connosco?
- Vai. 
- Está bem...posso ir brincar com eles lá fora?
- Claro que podes! - Ane levantou-se do sofá, indo até às traseira de casa onde estavam Jon e Mario a jogar à bola. 
Jon começou a barafustar porque não iria conseguir jogar como deve ser. Porque a sua irmã não sabia jogar à bola como os rapazes fazem. Ana via-os através da grande porta de vidro que dava acesso ao jardim, queria ir para ao pé deles, mas com a constipação não poderia arriscar. Contudo, levantou-se do sofá indo até essa porta. Assim veria melhor o que eles estavam a fazer. 
O sol começava a por-se, o céu estava todo limpo, sem qualquer nuvem e Ana percebia que a temperatura era agradável: os meninos corriam felizes, todos transpirados, Mario corria atrás dele como se já se dessem todos muito bem. Ana sorriu sozinha...aquela cena toda deixava-a feliz. 
Acabou por bater no vidro e todos olharam para ela. Fez-lhes sinal para entrarem e eles assim o fizeram. Primeiro os meninos e depois Mario. 
- Agora vão todos para a máquina de lavar roupa tomar banho - disse, animada, Ana e todos se começaram a rir. 
- Tia, não podemos tomar bano na máquina - respondeu-lhe a pequena Ane, agarrando a mão de Mario - vamos, eu digo onde tu podes tomar bano - enquanto Ane levou Mario consigo até ao andar de cima, Ana pegou em Esperanza ao colo, indo também até ao piso superior. Estavam todos à porta da casa de banho comum, dizendo a Mario para tomar banho ali. 
- Que se está aqui a passar? - perguntou Ana, fazendo com que todos olhassem para ela. 
- O Mario vai tomar bano - respondeu a Ane.
- Hum...mas esperem lá, temos de arranjar aqui uma solução. 
- Que solução, tia? - perguntou Jon.
- Vocês os dois também precisam de tomar banho...e eu tenho a Esperanza que precisa de comer. 
- Posso sugerir a solução? - inquiriu Mario. 
- Chuta.
- Eu tomo um duche rápido, enquanto a Ane e o Jon fazem bagunça na casa de banho. Metes eles de molho tipo bacalhau, cheio de espuma e ficas a olhar para eles. Depois eu trato do banho deles e tu da menina - Mario falava sempre com os olhos postos em Ana, assim como ela mantinha os seus presos nos dele. Era maravilhoso ter alguém que, mesmo que se conhecessem à pouco tempo, a surpreendia a cada palavra que dizia. E o seu à vontade com os meninos...fascinou Ana. 
- Acho que vou passar a pedir os teus conselhos sempre que precisar de tomar conta deles - Ana aproximou-se dele e beijou-o, mesmo tendo Esperanza nos seus braços e Ane e Jon ao lado de Mario. 
- Sempre às ordens, princesa. 
- Obrigada. 
- Vá, eu vou tomar duche e tu trata de mete-los de molho antes que as roupas sequem nos corpos deles. 
- Sim, senhor. Ouviram meninos? Vamos lá!
- Onde é que tomamos banho, tia? - perguntou Jon. 
- Na casa de banho do quarto da tia, pode ser?
- Sim! - os dois fizeram uma festa, já que a banheira do quarto de Ana era "das grandes" como eles diziam. Os meninos foram a correr para o quarto de Ana, que os seguiu. 
Quando lá chegaram, enquanto Ana preparava a água quentinha e a espuma de banho, os meninos tiraram toda a roupa que tinham vestida. Os minutos que se seguiram foram de loucura. Os dois irmão dentro de uma banheira cheia de água, era brincadeira total. 
- Ana!? - Mario chamava por ela, não sabia onde é que eles estavam.
- Portem-se bem que eu vou só buscar o Mario - Ana saiu da casa de banho, posteriormente do seu quarto, e encontrou Mario no corredor apenas com uma toalha enrolada à cintura - ei! - ele olhou para Ana, caminhando na sua direcção - achas bem andares nessas figuras? - Mario aproximou-se ainda mais de Ana, beijando-lhe a testa.
- Já não tens febre...é bom sinal. Mas, eu andar assim, até parece que tu te importas. 
- Olha...eu não me importo, mas tens três menores cá em casa. Se eu puxar essa toalha o que é que acontece? - Ana colocou a sua mão por cima da toalha e Mario riu-se. 
- Experimenta lá - Ana puxou a toalha e comprovou que Mario...não estava como ela pensava. Bem pelo contrário, por baixo daquela toalha estava já os calções que ele trazia vestido - o que tu querias sei eu - Mario deu-lhe um beijo, mordendo-lhe o lábio inferior - eles estão no teu quarto?
- Sim. Obrigada pelo que estás a fazer, Mario. 
- Nada a agradecer, princesa - Mario voltou a beijá-la e foi até à casa de banho ter com Ane e Jon, enquanto isso Ana foi até à cozinha preparar o biberão de Esperanza.

- Finalmente sós! - Ana, sentava-se ao lado de Mario depositando a sua cabeça em cima do ombro dele. Tinha estado a adormecer Esperanza e a ajeitar as camas dos filhos de Xabi. Como tinha previsto, são nove e meia e estão a dormir. Tinham andado a gastar imensa energia durante o dia, estavam cansados, é o normal. E amanhã é dia de escola, têm de se deitar mais cedo. 
- Já estão todos a dormir? 
- Já. A Esperanza hoje demorou a adormecer...agitas-te os miúdos todos. 
- Se fosse só os miúdos... - Ana riu com aquela saída de Mario tão descontraída e aproveitou para se sentar sobre as pernas dele, beijando-o. As mãos de Mario ficaram sobre as nádegas de Ana e os dois aproveitaram aquele momento para, apenas, trocarem uns beijos mais quentes do que aqueles que até agora tinham dado. 
- Dormes cá? - perguntou Ana olhando para Mario. 
- Não sei se devo...depois o Xabi chega e amanhã de manhã é esquisito. 
- Esquisito porque? 
- Olha...porque o Xabi pode não gostar de mim. 
- Mario, o Xabi é das melhores pessoas deste mundo. É mais que óbvio que ele vai gostar de ti...e ele não é meu pai, seu tolo! 
- Se fosse teu pai era bem pior! Quando esse dia chegar tenho de me preparar muito bem. 
- Não o tens de fazer. 
- Não me vais apresentar aos teus pais caso a nossa coisa se dê? 
- A nossa coisa já se está a dar sim? - Ana deu um beijo curto a Mario, colocando as suas mãos sobre o peito dele - os meus pais morreram quando eu tinha quatro anos, Mario. 
- Não fazia ideia...desculpa - Mario roçou com o seu nariz no de Ana, puxando-a mais para si - desculpa, princesa. 
- Não tem mal...não sabias. 
- Eles devem ser os pais mais orgulhosos do mundo. 
- Não sei disso, Mario...
- Sei eu...tu perdeste dois filhos, lutaste por realizar todos os teus objectivos desde que o Santiago morreu. Tu voltaste ao teu corpo, ao teu trabalho. Vê-se no teu corpo, nos teus olhos que és feliz. Eles só podem estar orgulhosos pela mulher que és. 
- Eles iam adorar conhecer-te...
- E eu adoraria conhece-los também. 
- Poderás conhecer a minha avó, uns tios e o meu irmão. É a única família de sangue que tenho em Madrid. 
- Terei todo o gosto de os conhecer. 
- Mas não para já...é uma relação complicada. 
- Então? - como Ana esperava, Mario estava interessado em conhecer a vida dela. 
Ana contou-lhe tudo, o acidente que envolveu a morte dos pais, o seu tempo no orfanato, como conheceu Miranda e como descobriu a sua família em Madrid. Mario ouvia-a atentamente e sempre que parecia que Ana precisava de um carinho, passava com a sua mão no rosto dela. 
- Sem dúvida que és a mulher mais completa que eu um dia conheci - não estaria à espera de ouvir aquilo da boca de Mario..mas a verdade é que aquela frase fez com que Ana corasse, fez com que o seu coração disparasse. Fez com que a sua alma se unisse à de Mario. 
- E tu és, sem dúvida alguma, o homem mais completo que eu tenho o prazer de conhecer. No meu sonho de hoje...eu disse ao Sergio que a minha vida só fazia sentido em Madrid...e eu estava certa. A minha vida faz sentido aqui...com a minha Miranda, o Xabi, os meninos. Descobrir que a minha família é daqui, que está cá...ajuda, porque quero tentar estar o máximo de tempo com eles...e depois existes tu e o Sergio. Eu não te vou mentir...ele é parte de mim, aquela parte que está completamente baralhada...mas que depois vieste tu para deixar de estar baralhada, porque tu me fazes feliz, me dás aquilo que ele não conseguia dar: felicidade. Os últimos tempos ao lado do Sergio...eu não era feliz e tu mudas-te isso na minha vida. Fazes-me bem, eu quero estar contigo, passar o meu tempo livre contigo e, quem sabe, daqui a uns tempos chamar-te de namorado - Ana era sincera e frontal com Mario. Teria de lhe dizer tudo o que lhe passava pela cabeça, todos os sentimentos, tudo aquilo que sentia por ele teria de ser dito. 
- Ana, eu prometo que te irei realizar enquanto mulher todos os dias. À algum tempo que não estava com ninguém, que não estava com uma mulher a sério...e a vida é tão curta para não ser vivida. Quero estar ao teu lado de manhã, ao fim da tarde e antes de adormeceres...gostava que isso se concretizasse. Que fosses minha, sem que houvesse mais ninguém. Mas eu agora, neste momento, quero viver o nosso presente...enquanto eu e tu, enquanto um nós que não tem rótulo - Ana derretia quando Mario lhe falava assim...porque Mario não tirava os olhos de cima dela, os dois mantinham o olhar preso um no outro, como se de imáns se tratasse. Tinham combinado que iriam descansar, que iriam ver o jogo do Real Madrid, mas isso não aconteceu...porque os beijos que se seguiram a esta troca de palavras, os levou, de novo, a serem um do outro. 

Rotina: hábito de fazer uma coisa sempre do mesmo modo, mecanicamente; repetição monótona das mesmas coisas; apego ao uso geral, sem interesse pelo progresso. 
Definição de rotina que não se aplica ao caso de Ana e Mario. Eles tinham uma rotina diária à ja dois meses que estão juntos. Estão juntos à dois meses, enquanto algo. Não se intitulam de namorados, talvez porque ainda não falaram sobre um pedido ou algo género. Apenas estão juntos, amam-se à maneira deles, dedicam-se um ao outro com todo o carinho que têm para dar e são felizes. 
Quando Ana está a trabalhar, Mario está nos treinos. Quando querem estar juntos ou o fazem em casa de Xabi ou então em casa de Mario. Têm sempre Esperanza com eles, a menina que está a crescer a olhos vistos e com todo o amor que quem a rodeia lhe pode dar. Não se podem queixar, estão juntos, felizes e é só isso que querem. 
Ana continuava a estagiar no jornal Marca. Já a tinham informado que seria assim até ao final do ano e que, em Janeiro, passaria a ser jornalista deles. Fazia pequenos textos para o site do jornal, bem como formações para pudesse ter mais competências. 
Domingo, segundo dia de folga, dia de derbi em Madrid. O Atlético joga em casa do Real, num jogo que não se prevê nada facil. Ana estava animada, ultimamente ia a todos os jogos do Atlético e estava cada vez mais fascinada com o clube. Por ser um dia de inverno e com as temperaturas cada vez mais baixas, só saiu de casa com Miranda, Jon, Ane e Esperanza muito perto da hora do jogo.
Ficaram no camarote destinado a Miranda e, até ao ínicio da partida, divertiram-se pelas fotografias e as gargalhadas. Ana aproveitou para demonstrar o seu amor por Mario e o Atlético no seu twitter.

Vamos mi amor! Hoy y siempre con vos!
- Tens noção de que esta foto vai gerar polémica, não tens? - perguntou Miranda, depois de, as duas, se sentarem lado a lado. 
- Porque Miro?
- Porque? Porque com o Sergio nunca meteste nenhuma foto com a camisola dele. 
- Miranda...é diferente. São tempos diferentes. Com o Sergio tinha de ser tudo muito escondido...com o Mario não. Ele não se importa de estar em público comigo numa esplanada, nem eu me importo de estar com ele na praia. 
- Quando é que passam a namorados? 
- Não sei...mas não sentimos que seja necessário...porque acabamos por sê-lo, apenas não o dizemos. 
- Tens noção do quão lindos vocês são? 
- Somos?
- São. Ana, o Mario faz-te a mulher com o sorriso mais lindo do mundo, faz de ti a minha Ana que eu sempre conheci, um furacão com um coração daqueles que nem cabe no mundo.
- Oh, eu também te amo sua tonta - Ana abraçou a sua amiga e as duas ficaram atentas aos meninos. Jon e Ane brincavam um com o outro, enquanto que Esperanza permanecia no babycoque. 
O jogo começou à hora prevista e sentia-se a tensão no ar. Entre as claques, entre os jogadores, entre treinadores, entre Ana e Miranda. Porque Miranda torcia para que o Real marcasse e Ana que o Atlético o fizesse. E sentia-se a tensão entre os dois números 4 em campo: Mario e Sergio. Cumprimentaram-se de uma forma seca, em campo poderia ser perceptível que ambos tentaram cometer uma falta um ao outro...e Ana não pode achar tudo aquilo demasiado bom. 
À meia hora de jogo, quando o ritmo daquela partida aumentou, Mario tentou a sua sorte em marcar um golo. A bola saiu ligeiramente ao lado do poste direito da baliza e ele, em fracções de segundos, se sentou na relva pedindo a entrada da equipa médica em campo. 
- O que é que lhe aconteceu? - Ana levantou-se tentando perceber o que se passava com Mario. Miranda levantou-se também, ficando do lado da amiga. 
- Está a queixar-se do joelho - nos minutos seguintes perceberam que era algo grave. Mario teve de ser substituído e foi para os balneários. 
- Dás um olhinho pela menina? Eu vou lá abaixo ter com ele. 
- Claro, claro. Vai lá - Ana pegou na sua mala e correu até ao balneário da equipa adversária. Inicialmente não a queriam deixar entrar, mas depois de Mario perceber que ela estava ali e de pedirem para a deixarem entrar, ela entrou. 
- Se não me deixassem entrar eu fazia aqui um escândalo! - estava demasiado agressiva, mas assim que viu Mario completamente lavado em lágrimas acalmou-se sentando-se ao lado dele, já que ele estava sentado no banco do balneário - então bebé? - Ana passou com as suas mãos na face de Mario.
- Provavelmente rompi os ligamentos do joelho - "Eish...uma paragem de quase seis meses...oh que carajo!" Ana percebeu a gravidade daquela lesão. 
- Mas tens de fazer testes...para perceber se é ou não?
- Sim...estiveram só a imobilizar o joelho e vamos para o hospital.
- Vou buscar a menina e vamos contigo. Mario, tudo va a ficar bien, mi amor. 
- No lo sé, no lo sé - era visível o estado de desanimo de Mario. Ana não hesitou e beijou-o mesmo que estivessem ali membros da equipa médica e seguranças do Atlético. 
Foi buscar Esperanza ao camarote, explicou as coisas a Miranda e voltou ao local dos balneários para perceber se Mario já tinha ido para o hospital. O segurança informou-a que ele já tinha sido levado e ela preparou-se para abandonar o estádio, sendo que ainda ouviu Sergio a chamar por ela. Parou, olhando para trás e vendo que ele lhe fazia sinal que esperasse. 
Quando chegou perto dela, ficou ainda alguns segundos sem falar, mas acabou por fazê-lo:
- Como é que está o Mario?
- Provavelmente rompeu os ligamentos do joelho...
- Eish...manda-lhe as melhoras.
- Obrigada. 
- Queres que fique com a menina?
- Estás no intervalo do jogo, Sergio...
- Peço que a levem até à Miranda e depois fico com ela esta noite. O Mario precisa de ti. 
- Obrigada - Ana passou a babycoque a Sergio, dando-lhe um beijo na bochecha. Saiu disparada do estádio indo até ao hospital para onde Mario estava a ser levado. 

Estava à uma hora na sala de espera e, finalmente, via Mario a vir na sua direcção com muletas a acompanharem-no. Apressou-se a ir ter com ele, colocou as suas mãos por dentro do casaco dele beijando-o. 
- Então? - perguntou como que ansiando a resposta de Mario. 
- Não os rompi, não preciso da operação. Desloquei o osso do joelho. 
- Quanto tempo?
- Dois meses.
- Como é que te sentes?
- Cheio de fome! Daqui a quatro semanas tiro o gesso, faço a minha recuperação e volta tudo ao normal. 
- Tens a certeza que é isso mesmo que sentes?
- Tenho Ana - Marco deu-lhe um beijo e sorriu-lhe. 
- Então vamos jantar!
- Como ficou o jogo? 
- Empatamos 2-2. 
- Nada mau...
- Vá, anda cá, vamos tranquilizar os teus fãs - Ana tirou uma fotografia com o seu telemóvel colocando-a no seu twitter.

Tranquilizem-se que o príncipe está bem. Dois meses para a recuperação e está como novo. Besotes!
Os dois riram-se e foram até casa. Ana conduziu e, depois de Mario perguntar por Esperanza, disse-lhe que Sergio tinha ficado com a menina. Ao chegarem a casa encontraram quem menos esperavam. 

4 comentários:

  1. Olá. Adorei este capitulo :)
    Estava a ver que a Ana não tinha resposta para a pequena Ane...mas safou-se :)
    Só tenho a dizer que a miúda é espertalhona ;)
    Coitado do Mário :/...espero que ele recupere rápido :)
    Espero pelo próximo sff bjs

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  2. Olá

    Amei *_*


    Beijinhos


    Catarina

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  3. Oláá!!
    Ameeiiii *_*
    Hoje o comentário vai sair uma treta mas é o que sair.
    Olha amei mesmo tudo do princípio ao fim! Tipo o Mário é....tão mas tão querido que dá vontade de arranjar um igual para mim!
    Depois foi lindo ele a fala com a Ane e o dia deles foi lindo! Quase que parecia uma família: casal e os filhos!
    E gosto da cena que há entre a Ana e entre o Mário...sem rótulos mas com muito amor e carinho e preocupação! E sem preocupações de estarem em público! Opa o Mário é um fofo! E eles são lindos!
    Agora Mário lesionado no me gusta! Mas ainda bem que não foi mais grave! E agora pode ser a Ana a cuidar dele!
    Sergio? Hum acho que o Mario era capaz de me fazer esquecer que o Mario existe xD
    Mas va quero mais mais e mais! Pa saber o que estava em casa e para ver o desenrolar da história! Próximo guapa!
    Besos!

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  4. Epa eu desisto!
    Mais vale a Ana ficar com o Mario! Ve se que ela gosta mesmo do Mario. Mesmo que tenha vivido coisas muito intensas com o Sergio, acho que o que ela sente pelo Mario ja ultrapassou o que ela sente/sentiu pelo Sergio. No problem! Ana e Mario e quanto ao Sergio ha de aparecer alguem para ele!
    Espero o próximo!

    Ana Santos

    P.S. Sem dúvida que a Malena era demasiada areia para a camioneta do Puyol! Muito melhor entregue ao Suarez!

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