O fim-de-semana
dos dois não deve ter sido nada entediante, uma vez que o defesa central está
castigado e não se encontra na lista do Real para o jogos.
O
novo casalinho de Madrid jantou, num ambiente muito romântico, no sábado à
noite e no domingo almoçaram também juntos. Até ao fecho da presente edição da
revista não conseguimos contactar Sergio Ramos, que se encontrou incontactável
o fim-de-semana inteiro, nem conseguimos identificar quem era a nova conquista
do menino bonito de Madrid. Resta desejar que desta vez Sergio apresente a
rapariga e que não seja apenas mais uma na sua lista de conquistas de uma
noite.” – O Sergio lia-me o que vinha na revista sobre “nós”.
Não havia nenhum “nós”, é verdade que passamos um fim-de-semana escaldante e
muito bom, mas nada mais que isso. O Sergio era um bom amigo, um bom
companheiro para a noite e para desabafar…mas daí a assumirem que seriamos o
novo casalinho de Madrid…
-
Estás aí? – Perguntou ele.
- Estou…estou.
-
Queria que soubesses antes de ires trabalhar…as noticias já podem ter chegado à
redacção do teu jornal. Acho que sabes como são os paparazzi…olhos em todo o
lado.
- Sim, sei…infelizmente sei. Obrigada
por teres ligado a avisar. O meu chefe quer falar comigo…e segundo a mensagem
dele, ele espera que o que eu ando a fazer me seja útil para o trabalho…só sei
que vem dali coisa menos digna.
-
Achas que ele…
- Que ele me vai pedir para te usar como
fonte de noticias em primeira mão? Acho.
- Achas
que era capaz disso?
- Tenho a certeza Sergio. Se há coisa
que ele procura é ficar por cima de todos os jornais portugueses. Obrigada por
me teres avisado…assim já vou preparada.
-
De nada. Podes ir ver as fotografias…ao que parece, ficamos bonitinhos.
- Ainda brincas com a situação tu!
-
Sabes que tudo o que dizem é verdade…ou não?
- Sim…passamos o fim-de-semana
juntos…mas daí a sermos um casal.
-
Não me importava de o ser contigo.
- Vai dormir que o teu mal é sono!
-
E a culpa é tua!
- Sim, sim…vá. Eu também vou. Amanha
tenho de lá estar cedo.
-
Besos.
- Besos.
Desliguei
a chamada e fui tomar um duche antes de me meter no meio dos lençóis. Estava
frio…e precisava de aquecer.
(No dia seguinte)
Acordei…depois
de um sonho tão, mas tão, porco com o Sergio! Até em sonhos ele já me afectava!
Como é que era possível!? E como é que isto tinha acontecido!?
Levantei-me, fui tomar um
duche e vesti uma roupa quentinha para o dia de hoje, que iria começar de uma
maneira…imprevisível.
Sai
de casa e pus-me a caminho da redacção do jornal.
Demorei
cerca de 25 minutos a lá chegar…era a vantagem de morar perto, apesar do
trânsito que havia.
Assim
que cheguei ao edifício, dirigi-me à minha secretária, deixando lá a minha
mala. Como já era perto das 9h fui até ao escritório do meu chefe. Bati à porta
antes de entrar. Ele deu-me licença, eu entrei e sentei-me à sua frente.
- Como estás Ana?
- Bem e você?
- Também… - ele jogou uma revista espanhola em cima da mesa – podes começar a folhear.
Fiz
o que ele disse e peguei na revista para a começar a folhear.
Logo
numas das primeiras páginas apareciam várias fotografias minhas e do Sergio.
Umas eram junto das Puertas de Alcalá, outras nos restaurantes. Era a revista
que o Sergio me tinha falado ontem.
- Penso que te reconheças nas
fotografias – quando ele tentava ser
engraçado e não conseguia…era mau sinal –
eu vou ser directo ao assunto. Já que não te preocupas-te com os paparazzi em
Espanha, gostava que ajudasses aqui em Portugal.
- Como assim?
- Quero que nos arranjes noticias em
primeira mão com ajuda do teu amigo.
- Do Sergio?
- Exacto. Estás disposta a isso?
- Nunca. Vai contra os meus princípios
enquanto pessoa e jornalista.
- Vou ver se sou mais claro – ele desencostou-se da cadeira e aproximou o seu corpo
da secretaria – encara isto como uma
promoção. Poderás passar o tempo que quiseres em Madrid com o teu amigo, desde
que me dês as informações que preciso.
- Não o posso fazer.
- Ou o fazes…ou o teu posto de trabalho
pode ficar em causa. Assim como a tua carreira.
- Vai despedir-me?
- Tens até quinta-feira de manha para me
dizeres que sim. Se for um não podes nem aparecer. Leva as tuas coisas hoje
para no caso de ser a segunda opção.
- Muito obrigada…trabalhos para hoje?
- Estás dispensada até quinta-feira.
Aproveita o tempo para pensar e dizeres-me que sim.
- Vamos ver…mas comece a procurar outra
pessoa para me substituir.
Levantei-me
e fui até à minha secretária e comecei a arrumar as minhas coisas.
Mas
quem é que ele pensa que é? Lá porque é ele que passa o cheque ao final do mês
não me impõe ordens na minha vida. Usar o Sergio para…subir na carreira? Desde
quando é que fazer uma coisa deste género é subir na carreira? Quem o faz…é por
mero interesse no dinheiro…e eu tenho mais amor aquilo que vou construindo com
as pessoas do que ao dinheiro e se as coisas com o Sergio estão a correr bem…eu
não o vou desiludir…nem usar para aquilo que o meu chefe quer.
Despedi-me
dos meus colegas…não lhes expliquei o que se tinha passado, mas eles perceberam
quando viram a revista.
Passei
a tarde toda a pensar mil vezes no mesmo assunto.
Se
eu não aceitar o que o meu chefe quer que faça…fico sem trabalho e na
conjuntura em que nos encontramos arranjar trabalho outra vez é complicado.
Preparei
um chá de camomila para ver se aquecia…apesar do turbilhão de pensamentos que
me ocorriam pela cabeça não me conseguia manter quente o suficiente, devido ao
frio que se fazia sentir.
Sentei-me
em frente do televisor e uma sensação de deja-vu invadiu-me.
«I came here tonight to get shit out of my mind
I'm gonna take what I find (Oh oh, yeah)
So open the box, don't need no key I'm unlocked
And I won't tell you to stop (Oh oh, yeah)»
I'm gonna take what I find (Oh oh, yeah)
So open the box, don't need no key I'm unlocked
And I won't tell you to stop (Oh oh, yeah)»
O
sentido de oportunidade do Sergio…era muito certeiro. Apressei-me a atender a
chamada…começava a sentir saudades de o ouvir.
“-
Princesita! Como estás? Fiquei à espera que me dissesses algo depois da reunião
com o teu chefe.”
- Olá Sergio…fiquei sem saber o que
pensar com tudo o que ele disse e sem coragem de ser eu a ligar-te…desculpa.
“-
Não pensava que fosses uma tonta assim…mas como é que correu?”
- Ele pediu-me para fazer o que te
disse…
“-
A serio? E tu?”
- Recusei-me como é óbvio. Gosto imenso
de ti para tal coisa…além do mais…eu era incapaz de o fazer se ele me pedisse
para fazer a outro jogador.
“-
E ele entendeu?”
- Deu-me até quinta-feira para
pensar…mas se recusar perco o trabalho.
“-
Que?!”
- Sim…mas eu prefiro perder o meu
trabalho agora…do que te perder a ti daqui a uns tempos.
“-
Ana…estou aqui para o que precisares. Podes dizer-lhe que sim. Eu colaboro
contigo e não perdes o teu trabalho.”
- Esquece Sergio…eu não o consigo fazer.
“-
Então…o que é que vais fazer?”
- Vou tirar férias…preciso de descansar
um pouco e depois começar a procurar emprego.
“-
Vem para ao pé de mim.”
- Sergio…se eu for…não podemos sair à
rua, esqueces-te que há um monte de paparazzi a querer saber quem sou eu?
“-
E eu digo-lhes que és a rapariga mais maravilhosa que já conheci.”
- Exagerado…
“-
Vem. Que ficas aí a fazer? Ao menos ficar comigo aqui…quentinha.” – Como eu me
precisava de sentir quentinha…neste momento…sozinha aqui em casa, sinto-me
mesmo uma daquelas solteiras que nunca vão arranjar um homem na vida – “queres
que te marque o avião?”
- Não…eu vou…mas eu marco o avião, não
te preocupes. Estima o tempo que vou aí passar.
“-
O resto da vida?”
- Sergio! Achas mesmo!?
“-
Qual é o mal!? Eu não sei se é da tua magia ou o que foi…mas enfeitiçaste-me
com esses teus olhos e desde a entrevista que fizeste o clique que eu
precisava. Quero ter a possibilidade de poder ter a certeza que escolhi a
mulher da minha vida.”
- Tu queres mesmo que eu tenha um ataque
cardíaco…fazer noção de como é que o meu coração bate neste momento?
“-
Fazia…se estivesses aqui.”
-
Sabes…eu disse-te isto ontem…mas eu volto a dize-lo. Eu tenho medo…eu não me
consigo entregar como a tua possível namorada permanente – ele riu-se –
não tem graça!
“-
Mas eu sei disso…sei que não tem graça, mas estou aqui para te tirar esses
medos…eu quero que sejas a minha namorada permanente.”
- Ai…Ana Filipa, Ana Filipa…tinhas de te
ir meter com o rapaz que conquista as raparigas todas? – Falei comigo…mas ao mesmo tempo…falei com ele!
“-
Vá…mas vem lá! Vem…para os meus braços” – e que braços Sergio…e que
braços!
- Vou desligar. Quando chegar a
Madrid…encontramo-nos no restaurante onde fomos almoçar ontem.
“-
Perfeito! Até já guapa.”
- Até já Sergio.
Desliguei
a chamada e fui fazer uma mala rápida…enquanto comprava um bilhete de ida para
Madrid…não sabia ao certo quando iria voltar…nem se o queria fazer.
Sinceramente…eu
já nem sei o que faço desde que o conheci. Parece que os meus impulsos falam
por mim e que já não querem saber de mais nada a não ser do Sergio…poderia ser
isto possível? Eu…uma rapariga…com um historial de relações duradouras
inexistente…estar assim com um rapaz que…também não tem um historial de
relações duradouras!
A
viagem para Madrid…foi o oposto da que tinha feito para Lisboa…não adormeci, só
queria era chegar o mais depressa possível ao meu destino.
Recolhia
a minha bagagem, sai do aeroporto e procurei o primeiro táxi vazio que me
apareceu à frente. Indiquei para onde queria ir e em menos de 25 minutos já
estava a chegar.
Retirei
a minha mala do táxi, paguei e comecei a mirar tudo o que era pessoas que ali
se encontravam…eram poucas, mas nenhuma era o Sergio. Sentei-me num banco que
ali estava e esperei que o Sergio aparecesse.
(Meia hora depois)
Não
queria, nem pensar, que o Sergio me tinha deixado pendurada…se há coisa que eu
odeio são atrasos…e comecei a desesperar. Entrei mesmo em pânico…eu no meio de
Madrid sem o meu fiel motorista…comecei a caminhar…
- Princesita! – A voz que eu mais precisava de ouvir…a do Sergio. Mas
mesmo assim…tava brava com ele! Odeio (de morte) atrasos. Caminhei mais um
pouco…precisava de me acalmar...
Ele
puxou-me pelo braço e fez com que o meu corpo se virasse para ele.
- Chegas atrasado, eu já estava a desesperar, está um frio do caraças – ele não me deixa terminar o
meu reportório de “queixas” e beija-me ali…em plena rua…em pleno centro de
Madrid.
- Desculpa, mas o treino do Real demorou
mais um bocadinho…perdóname – falou
ao encostar a sua testa na minha, fazendo olhinhos de carneiro mal morto.
- Preciso de quentinho – dei-lhe um beijo super discreto nos lábios e ele
sorriu-me.
- Vamos para casa – o Sergio pegou na minha mala e caminhamos para o carro
dele.
Demoramos
pouco tempo a chegar a casa do Sergio e assim que a porta se fechou, o Sergio
atacou-me com beijos…e beijos…e mais beijos.
Também eu tinha necessidade
daqueles beijos…mas ele…ele demonstrava que estava mesmo com necessidade.
Quererá ele assentar? Mesmo? Comigo?
:O
ResponderEliminarMas que falta de ética profissional e pessoal do chefe! Mas ainda bem que o Senhor é tão mal formado porque assim junta o casal! :D
Quero saber mais!
Próximo rápido por favor!
Bjokinhas
Mariaa
q chefe tão mau
ResponderEliminarpróximo com urgência sff
:D
Cá me parece que estas férias vão servir para dar uma reviravolta na vidas destes dois! :D
ResponderEliminarVenho o próximo rápidooo!! =D
Besos
Sim, sim, sim! (Ele que diga que sim!)
ResponderEliminarlol
Adorei!
Porque é que não há mais?? Eu queria... :(
Já disse que adorei? Estou a adorar esta fic!
Beijinhos