- Mas...são que horas?
- Exactamente meio dia.
Oh
jesus...nunca tinha dormido até ao meio dia. Nem nas minhas folgas
do trabalho.
- Dormi assim tanto?
- Não
te esqueças que tomaste o comprido ontem à noite... - pois! O
comprimido que o médico me tinha dado que dava um sono daqueles!
- Tenho fome...
- Vamos almoçar então.
Toma um duche e veste-te, eu faço o almoço e depois... podíamos ir
sair.
- Sair? Sim! Sim! -
cheguei-me perto dele e dei-lhe
um beijo. Senti-me feliz! Estar o dia de ontem todo em casa não
tinha sido nada fantástico.
- Mas tens de prometer
que amanhã descansas.
- Sim. Eu prometo –
o...instinto protector do
Sergio deixou-me...confortável. Nunca nenhum rapaz, à excepção do
Afonso que sempre me tratou como sua irmã mais nova, me tinha
tratado desta maneira.
Enquanto
o Sergio foi fazer o nosso almoço, eu tomei um duche e vesti-me.
Estava frio, como tenho saudades do Verão!
Fui até à cozinha e...cheirava...a...peixe cozido!? Nada do que me apetecia...estava a imaginar assim um belo bife com batatas fritas e ovo...fiquei com água na boca, mas o Sergio tinha feito peixe cozido com legumes.
- Ontem fugiste da dieta, mas hoje tem de ser... - comentou ele.
- Não me apetece nada.
- Mas foi o que o médico te mandou fazer...uma dieta.
- Sim...mas apetecia-me assim... um granda bife...com batatas – comecei a sonhar com o que queria comer e o Sergio colocou-me a especialidade do dia na mesa.
- Deixamos isso para quando estiveres melhor – disse dando-me um beijo na testa e sentando-se à minha frente com o mesmo comer que eu.
- Tu não estás de dieta. Podes comer outra coisa.
- Faz bem.
O comer nem estava assim tão mau...era, sem dúvida, saudável, mas o bife e as batatas não me saiam da cabeça. Depois de limpar a cozinha, o Sergio já tinha feito o suficiente e eu é que estava a ser a intrusa na sua casa, saímos de casa.
- Tu não gostas de saltos, já vi.
- Porque dizes isso?
- Cada vez que saímos assim mais tranquilamente estás sempre mais baixa – ele riu-se e eu não pude deixar de me sentir...observada. Ele nota em todos os meus detalhes?
- Pelo contrário. Eu amo saltos...só não quero é fazer má figura.
- Má figura?
- Eu não sei andar com eles.
- Não foi isso que eu vi ontem...que ideia é essa?
- Não sei...só que me sinto estranha com eles.
- Temos de tratar desse pormenor.
- Porque? Não posso ser mais baixinha?
- Podes...mas acho que as mulheres são mais atraentes se estiverem de saltos.
- O que? - mas que raio de conversa era aquela?
- É verdade. Uma mulher de salto fica super elegante.
- Então eu estou uma lástima.
- Nada disso – ele abraçou-me e colou os nosso lábios – és linda de todas as maneiras que já te vi...mas de salto dá outro ar.
- Sergio...se não fosses futebolista podias ser consultor de moda não?
O Sergio riu-se, deu-me um beijo e abriu-me a porta do carro.
- Acho que estás mesmo a precisar de apanhar ar. Já não dizes coisa com coisa.
- Tu é que estás apanhado.
Entrei no carro e o Sergio também o fez. Começou a conduzir e levou-me a sítios maravilhosos. Super calmos, sem muita gente por lá, pudera, com o frio que estava...
Segundo o Sergio, fomos mais cedo para casa...pelos vistos ele ainda deveria querer ir a mais algum sítio, mas estava mesmo muito frio. Assim que entramos em casa a diferença de temperaturas foi notória e estava-se muito melhor ali. O Sergio foi até à cozinha e eu fui atrás...estar com ele era...bom! Ele estava a tentar tirar algo do móvel e o seu corpo estava...perfeito. Era simplesmente digno de ser observado, de ser tocado, beijado, deliciado e acariciado. O Sergio despertou em mim um desejo de prazer imediato que eu nunca tinha descoberto e levava-me a desesperar por não o conseguir ter. Mas...eu preciso tanto! Acho que...o meu coração, ele próprio que ficou fraco com o “exercício” também deseja por bombear ao ritmo do coração do Sergio. Fui até ele, passei-lhe as minhas mãos pelas costas, dando-lhe alguns beijos nas mesmas, mesmo que por cima da roupa.
- Estás à procura de alguma coisa? - perguntou-me.
- Já achei – passei as minhas mãos para a barriga dele e deslizei-as sentindo todas as suas saliências.
- Ainda não passou uma semana... - disse ele, agarrando-me nas mãos.
- Passaram dois dias e eu preciso de ti – ele virou-se para mim, beijou-me e pegou-me ao colo com uma subtileza que lhe era tão característica.
O
Sergio começou a caminhar...beijando-me e deixando-me cada vez
mais...entusiasmada. Ele sabia os meus pontos fracos, sabia o que me
dava prazer e fazia-o como ninguém. Foi até ao seu quarto e
deitou-me na cama, colocando-se em cima de mim sem me magoar.
Os
momentos seguintes foram dignos de puro prazer e de louvar aos
deuses. Super calmo, mas prazeroso. Foi diferente das outras vezes. O
Sergio ia com calma, estava sereno e aproveitamos e deliciamo-nos com
cada segundo que passava. Só quando os nossos, mais o meu,
corações começaram a vibrar em demasia é que demos aquele
momento por “terminado”. Ficamos ali juntinhos um ao outro, sem
vontade nenhuma de sair daquele nosso e tão estimado lugar.
5 dias depois...
-Tens a certeza que
queres ir embora? - perguntou-me
o Sergio.
-Querer não quero,
mas tenho de ir ver a correspondencia que tenho em casa e preciso de
mais roupa.
-Sabes que tens o
roupeiro ao fundo do corredor só para ti.
-Mesmo assim. Preciso
das minhas roupas...e preciso de ir ao cabeleireiro. A Ana Moreira
precisa de ser mulher de uma vez.
-Hã?
-Esquece Sergio...são
só 3 dias. Eu volto – estava
a precisar de ir a Lisboa. O médico tinha dito que o que se tinha
passado era apenas um caso único e que o meu coração estava
perfeito e saúdavel. Agora era tempo de ir a Lisboa, ver correio,
tratar de mim...sentir-me a nova Ana que o Sergio tinha feito nascer.
Eu antes preocupava-me em demasia com o trabalho, em ser uma
Maria-rapaz para que não fosse inferiorizada pelos meus colegas,
mas, desde que ando com o Sergio, que ele me fez perceber que eu sou
uma mulher, de 24 anos, que está a “deixar a sua beleza de lado
para ser valorizada” - segundo ele.
Saí
de Madrid e em menos de duas horas já estava em Lisboa. As “bombas”
do meu relacionamento com o Sergio já tinham feito correr muita
tinta...em Espanha, em Portugal...até na China! Pelo que, onde
existissem paparazzi sabiam perfeitamente quem eu era. Fazia-me
imensa confução. Tudo bem que sendo jornalista antes, já tinha
algum conhecimento, mas assim...a este nível...é assustador.
Por
sorte, ou falta de informação, quando cheguei a Lisboa não tinha
ninguém a fazer-me uma espera, por isso, fui direitinha a minha
casa. O correio já enchia a caixa. Peguei em todos os envelopes,
jornais, publicidades e fui até ao meu apartamento.
Já
tinha saudades do facto da minha casinha ser pequena. Ainda me perdia
em casa do Sergio...nunca me dei bem com mansões.
Antes
de fazer alguma coisa em relação às cartas, liguei para uma amiga
minha que era cabeleireira e pedi-lhe para que me ajudasse a mudar. A
ser mais...feminina. Tinha de ser naquela tarde, ela estava livre,
assim como eu.
(Sergio)
Entendi
que a Ana tivesse de ir a Lisboa, mas não entendi o que ela quereria
fazer com o facto de ser “mulher de uma vez”. Ela era uma mulher
dos pés à cabeça! Por dentro e por fora...não sei onde é que ela
ia buscar aquelas ideias que de vez em quando tinha.
Nos
três dias que esteve em Lisboa, pelo que ia falando com ela, pude
perceber que estava bem, estava bastante alegre e entusiasmada com
algo, mas não me disse nada do que a deixava assim...afirmou que
quando chegasse a Madrid a surpresa era melhor.
Contribui
um pouco para a sua “mudança” mandando-lhe um pequeno presente,
que a deixou...nem sei, porque ainda não tinha falado com ela e só
tinha partilhado o meu presente pelo twitter:
“Um facto: mulheres com
saltos são elegantes #namorado”
|
Hoje
era dia de ela regressar, mas enquanto não era hora de a ir buscar,
aproveitei para ir dar uma volta com o Ozil, um grande companheiro e
um grande amigo.
-Como é que está a
Ana? - perguntou ele. Ainda não
os tinha apresentado...é um facto. Mas o Ozil era como um irmão e
apoiava-me.
-Está bem...anda toda
entusiasmada com alguma coisa, mas ainda não me disse nada.
-Será que arranjou
trabalho?
-Pois...secalhar.
Continuamos
a nossa caminhada, fomos abordados por alguns fãs, até que paramos
no quiosque...o Ozil era viciado em ler jornais e tinha de comprar
um.
-Eu sei que só a vi
em fotos...mas aquela é a Ana, certo? - perguntou-me,
apontando para uma revista.
Era...era
a Ana na capa da revista mais cor de rosa de Espanha. Peguei nela,
paguei-a e comecei a pesquisar do que se tratava.
“Pode
ser pequena em tamanho (tendo apenas 1,59 cm) mas começa a
demonstrar agora os seus atributos.
Ana
Moreira, a namorada de Sergio Ramos, parece ter encontrado o seu
trabalho do futuro. É isso mesmo, a menina bonita que costumava ser
jornalista, decidiu despir-se de preconceitos e aceitou participar
numa campanha fotográfica para a revista “Maxim” em Portigal,
bastante...ousada. Segundo ela própria “é altura de ser uma
verdadeira mulher”. Resta dizer que Sergio Ramos deve...ser um
namorado bastante...orgulhoso dos atributos da sua menina”.
-Eu
preciso desta revista... - a
Ana...numa campanha fotográfica? Isto não era nada dela.
Pedi
ao senhor do quiosque se tinha aquele revista...e, para meu espanto,
tinham mandado vir de propósito aquela edição da revista por ela
estar lá.
Eu
e o Ozil pagamos as nossas coisas e fomos até um café que ali
estava. Assim que nos sentamos comecei a folhear a revista até
que...a encontrei. Era...sem dúvida...ousado. Para além de não
ser...nada o género da Ana. Ela estava diferente. Tinha mudado o
cabelo, tinha a pele mais morena...seria isto o que ela me tinha para
mostrar?
-Sabias
disso mano? A tua miúda tem cá... - olhei
para ele antes que pudesse comentar. Quando mais folheava a
revista...mais a vontade de lhe perguntar o que tinha entravado na
garganta crescia.
Estava
na hora de a ir buscar ao aeroporto. Fechei a revista e fui, de
carro, até ao aeroporto de Madrid. Esperei por ela no carro, não
queríamos criar uma confusão dentro do aeroporto.
(Ana)
O resultado da sessão fotográfica deixou-me...orgulhosa de mim.
Sentia-me bonita, atraente, uma mulher completamente à vontade. Sem
dúvida que foi a melho proposta que me tinham feito e a melhor
decisão que tinha feito em aceitar. Deixou-me mais à vontade com a
minha imagem e, agora, só tinha vontade de mostrar o resultado ao
Sergio.
Assim que aterrei em Madrid, despachei-me a recolher a minha bagagem
e a dirigir-me para o exterior...os paparazzi estavam presentes, mas
não passei cartão nenhum. Só queria chegar ao sitio que tinha
combinado com o Sergio.
Assim que avistei o seu carro, as minhas pernas ganharam vida e
pareciam que estavam a agir sozinhas e em menos de nada já estava a
entrar no carro.
-Olá,
olá, olá, olá, olá – eu
estava, sem dúvida, entusiasmada por estar de volta, mas quando
olhei para o Sergio percebi que ele não estava assim tão bem.
-Foi
para isto que tens andado comigo?
Olá, olá, olá, olá, olá digo eu xD
ResponderEliminarBem, eles são uns fofinhos! O coraçao quando estao juntos dá sempre para mais! ahahahah
Quando vi a teoria do Sergio sobre saltos altos, mais me parecia uma fantasia ou algo do genero xD
Adorei a mudança da Ana e a produção dela! Agora o Sergio, cheira-me que os ciumes o levaram a interpretar as coisas pelo lado errado, mas estou confiante que a Ana o poe no sitio xD
Quero o proximo!
Besito
Ana Santos
:O
ResponderEliminarRealmente a Ana conseguiu surpreender!
Mas esta pergunta do Sérgio, acho que ele não gostou muito!!
Preciso do próximo com urgência!
Bjokinhas
Mariaa
ui...que a reacção dele...não vai ser boa
ResponderEliminara serio q eles vao se chatear?! ele vai pensar que ela o usou... ja tou mesmo a ver :(
ResponderEliminarUi! Então??
ResponderEliminarTinha de acabar agora??
Oh eu queria saber como vai ser a conversa destes dois...
Cheira-me pela pergunta do Sérgio que isto vai dar para o torto...
Beijinhos
Olá :)
ResponderEliminarBem esta mudança foi verdadeiramente surpreendente :o
Mas não quero que o Sérgio fique chateado :|
Escreve o próximo rápidoo
Beijinhos
Daniela ^^