Olhei
para o lado da cama do Sergio...mas ele não estava lá. O lugar dele
ainda estava meio quente, mas o Sergio não estava lá.
-Eu
sei que faço falta...mas a comidinha também – falou
o Sergio, pousando um tabuleiro ao fundo da cama e metendo-se em cima
de mim, beijando as minhas costas despidas, arrepiando-me toda.
-Tens
cá a mania de fugir da cama de manha... - dei
meia volta na cama, permitindo-me ficar a escassos milímetros dos
lábios dele, tentei aproximar-me, mas ele afastou-se –
não há direito a um beijo de bons-dias?
-Não
sei...achas que há direito a tal?
-Acho
que sim – comecei a
passar-lhe a mão pelo ombro, chegando ao pescoço e puxei-o para
mim.
Beijei-o
e...fomos por outros caminhos. Beijo e mais beijo levou a apalpanços
e mais amassos. Eu sentia-me completa com o Sergio, sentia-me muitíssimo bem com ele e, sinceramente, não me importava nada de
ficar sempre aqui, sem ter mais nada para fazer. Apenas amarmo-nos e
sermos um do outro. Ter estas noites com o Sergio era de levar à
exaustão, mas era uma das melhores e maiores maravilhas do mundo.
-Tens
noção que a nossa poderia ser sempre assim? - perguntou-me
ele.
-É...
e estraga-se pequenos-almoços sempre? - com
toda a...agitação que se fez sentir naquela cama, o tabuleiro que o
Sergio tinha trazido para o pequeno-almoço tinha ido parar,
redondinho, ao meio do chão – para além de que o meu
coração...é fraquinho por ti, já sabes disso.
-Quanto
aos pequenos-almoços...podemos saltar essas partes todos os dias e
começar assim os dias...e...o teu coração...aconteceu mais alguma
vez?
-Não.
Só esta noite voltamos ao activo...como deve ser...acho que não há
problema, ele já se habituou ao teu ritmo mais... acelerado.
-Mas
tu estás...
-O
que? Se vais dizer que estou assanhada ou coisa do género é
mentira! Estou...simplesmente, cheia de saudades tuas e das nossas
noite, dos nossos dias, das nossas loucuras, dos teus beijos...de ti!
-Eh
lá...que não seja por isso – o
Sergio colocou-se em cima de mim e beijou-me. Ficamos algum tempo
assim...aos beijos...apenas a namorar.
-Não
tens treino? - perguntei,
depois de me aconchegar nele, quando o Sergio saiu de cima de mim.
-Infelizmente
tenho.
-Infelizmente
porque?
-Porque
quero ficar aqui contigo.
-Oh...eu
também queria que aqui ficasses, mas tens de ir trabalhar. Mas
quando chegares eu estou cá.
-Então
eu vou querer-te a ti, aqui, com um beijo à espera, pode ser?
-Queres
que eu fique aqui...na cama?
-Porque
não?
-Porque
não...vou preparar o nosso almoço, e sim...posso ter um beijo à
espera de ti.
-Como
queiras...mas eu vou ter de me ir despachar...acompanhas-me no duche?
-Sabes...
- puxei o lençol para mim,
destapando o Sergio e aconcheguei-me na cama – ainda é
cedinho, podes ir tomar o teu banhinho que eu vou descansar.
Ele
simplesmente se riu, deu-me um beijo na bochecha e levantou-se.
«I
came here tonight to get shit out of my mind
I'm gonna take what I find (Oh oh, yeah)»
I'm gonna take what I find (Oh oh, yeah)»
Acordei
a ouvir o toque do meu telemóvel...o toque do Sergio. Abri os
olhos...estava na cama dele, não era nenhum sonho o que tinha
acontecido...mas tinha dormido assim tanto para ele me estar a
telefonar? Olhei para o relógio que o Sergio tinha em cima da mesa
de cabeceira do lado dele, eram 11h04min...tinham passado duas horas
desde que tinha acordado pela primeira vez.
Peguei
no meu telemóvel e atendi a chamada:
-S-Sim?
- a voz falhou-me.
“-Ainda
estavas a dormir, minha preguiçosa linda?”
-Estava...tu
cansas-me é o que dá.
“-Que
bem...a por as culpas em cima do elo mais fraco...hás de cá vir...”
-Vem
cá tu...está-se tão bem nesta caminha... - do
outro lado da linha, o Sergio riu-se, o que fez com que eu me risse
também.
“-Eu
ia perguntar se era preciso levar alguma coisa para casa...”
-Acho
que podes vir tu...acho que és suficiente como sobremesa.
“-Acordas-te
agora e continuas com apetites?” - vi
que ele falou mais baixo...muito provavelmente estaria acompanhado.
-Deixas-me
com vontade de mais e mais! Por isso, a não ser que querias que a
vontade me passe, podes começar a vir para casa ou não?
“-Posso,
posso! Mas...não é preciso nada?”
-Não...tens
coisas no frigorífico para o almoço?
“-Tenho.”
-Então
pronto.
“-Então
até já, ó assanhada!”
-Até
já gostosão!
Desliguei
a chamada e levantei-me da cama, fui tomar um duche rápido e vesti,
apenas, uma camisola do Sergio...com as vontades que eu
estava...muito provavelmente não seria necessária muita
roupa...”Ana Filipa, Ana Filipa...tu com este rapaz...se não
tiveres cuidados acabas grávida em três tempos!” - pensei para
mim mesma.
É
mais que verdade! Acho que se o Sergio não tivesse tanto cuidado,
por minha vontade já andávamos desprotegidos à muito tempo...não
que eu fosse dessas, que rejeita o uso do preservativo, pelo
contrário...mas com o Sergio...a vontade de não parar por um
segundo que seja é imensa e deixa-me completamente irresponsável.
Fui
até à cozinha, depois de abrir as janelas do quarto, e comecei a
preparar algo para o almoço. Lasanha. Era a minha especialidade,
modéstia à parte, e era, sensivelmente, rápido de se fazer.
Quando
já tinha o comer no forno, foi quando o Sergio chegou a casa. Fui
até à sala, mas antes...escutei com atenção, se ele vinha
acompanhado...não iria aparecer nesta figurinha junto de um colega
do Sergio. Estava tudo muito silencioso, por isso sai de trás da
porta da cozinha e preparei-me para ir para a sala, mas fui de
encontrão com o Sergio.
Desmanchamo-nos
os dois a rir, para, de seguida, nos beijarmos.
-Estás
cá com uma figurinha – disse
ele, passando as suas mãos pelas minhas costas, pousando-as,
firmemente, no meu rabo.
-As
tuas camisolas ficam melhor em mim...o que é que queres que faça?
-Que
as uses sempre...que quiseres.
-Isso
é a tua autorização?
-É
sim! - dei-lhe mais um beijo
que se prolongou. O Sergio pegou-me ao colo e encostou-me à parede.
-Ei...calma,
calma! Eu disse que eras a sobremesa, e essa só vem depois do prato
principal.
-Que
és tu... - ele voltou a
beijar-me...e eu...quase, mas mesmo quase que me deixei apanhar.
-Não...é
a lasanha que está no formo – ele
olhou-me – tenho necessidade de comida...a serio.
-Mas...temos
direito a sobremesa?
-Depende!
Do meu apetite... - trinquei-lhe
o lábio inferior e fui para o chão, “fugindo” do Sergio para a
cozinha.
-E
eu não tenho direito a ter apetite também? - perguntou
ele, aparecendo na cozinha.
-Tens...claro
que tens, mas não te prometo nada... - ele
agarrou-me pela cintura e deu-me um beijo, que só interrompemos
quando o fogão deu sinal que o cronómetro tinha parado.
Almoçamos
os dois tranquilamente e...as vontades acabaram por se dissipar...não
que eu as tivesse acalmado, ou o Sergio, mas porque o agente dele
apareceu em casa, sensivelmente 10 minutos depois de acabarmos de
almoçar.
O
Sergio passou grande parte da tarde à conversa com o agente e
eu...descansei. Fiquei-me pelo quarto, ia cantando a música do David
e algumas outras para passar o tempo.
Quando
a fome deu sinal fui até à cozinha para lanchar, vesti apenas o
robe...afinal...estava em casa, não?
-Olha
se eu entrasse aqui com o meu agente... - disse
o Sergio, agarrando-me pela cintura. Assustei-me...estava de costas
para ele e nem tinha dado pela sua entrada.
-Ias
passar uma vergonha?
-Não...mas
tu...nestes preparos é só para mim, ou não?
-Enganas-te!
Eu só estou assim pelo meu namorado que está em reunião à já
algum tempo...e se ele o apanha assim da-lhe uma sova...
-O
teu namorado é violento?
-Pelo
menos quando está a trabalhar... - o
Sergio apertou-me mais contra ele e deu-me um beijo no pescoço.
-Desculpa
ter-te deixado tanto tempo...mas há trabalho.
-Não
tem problema. Queres? - disse,
retirando um bago de uva do cacho e metendo-o junto da boca do
Sergio, que, sem responder, mo retirou da mão.
-Que
me dizes de irmos jantar fora e uma sessão de cinema?
-Estás
a fazer um programa...fora da cama?
-Epá...parece
que estou, já viste?
-Parece-me
bem, sim senhor.
-E...até
lá... - começou a beijar-me o
pescoço – podíamos ter a nossa sobremesa...
-Não
sei...
-Se
eu insistir muito? - voltou a
beijar-me o pescoço, virando-me para ele e beijando os meus lábios.
E...tivemos
a nossa sobremesa!
20:45h
Depois
de tomar um duche (com o Sergio), vesti-me para o nosso jantar e
sessão de cinema.
O
Sergio também se despachou rápido.
Seguimos
no carro dele e aproveitei que parámos no trânsito para partilhar o
estilo de fotos que ultimamente partilhava.
"Chuvinha e trânsito...mas mesmo assim aqui vamos nós para um programinha a dois." |
Fomos
até um restaurante super calmo, com pouca movimentação o que nos possibilitou ter um jantar mais calmo também e mais íntimo.
Depois
de sairmos do restaurante fomos até ao centro comercial, para irmos
ver um filme ao cinema, na sessão das 23:45h, estaria menos pessoas,
facilitando a nossa entrada no cinema sem sermos abalroados por
milhares de pessoas.
Estávamos os dois a caminhar, de mão dada, quando o Sergio parou.
-Que
se passa? - perguntei-lhe.
-Olha...disfarçadamente
para aquela mulher ali à frente de casaco vermelho – fiz
o que o Sergio me disse e encontrei a tal mulher...era bonita...mas,
sinceramente, não a conhecia de lado nenhum.
-Conheces?
-É
a Pilar – era A Pilar!
-A
tua...
-Essa.
-Se
quiseres podemos ir embora – já
que...ela estava junto da bilheteira do cinema.
-Não...nós
viemos os dois para aproveitarmos...
-Mas...sentes-te
bem com ela aqui?
-Sim.
-Eu
estou aqui contigo, sim? - apertei
ainda mais as nossas mãos e ele puxou-me para ele e deu-me um beijo
super discreto.
-Vamos?
- perguntou-me.
-Sim.
Voltamos
a seguir o nosso caminho...em direcção da bilheteira do cinema.
Ela
bem que podia não ter olhado...mas...foi mesmo no momento em que estávamos quase, quase a sair dali para ir para dentro da sala de
cinema que ela olhou para nós. Sorriu e começou a aproximar-se.
-Sergio...à
quanto tempo... - disse ela,
chegando ao pé de nós.
-É
verdade.
-Cinema?
Não costumas andar muito em sítios como estes.
-Dois
anos deu para...mudar – respondeu
o Sergio...calmo.
-Vejo
que sim – e nisto...olhou-me
de esguelha.
-É
a Ana...a minha namorada.
-Muito
gosto – disse ela.
-Igualmente
– a verdade é que não era
gosto nenhum...mas avancemos!
-Foi
muito bom voltar a ver-te. Felicidade – voltou
a olhar para mim – para os dois – e
foi embora.
-Bem...ele
é...estranha – disse, assim
que ela já estava longe de nós.
-Estranha?
-Sim...não
me sinto bem junto a ela...más energias...só isso. Espero que não
vá para a mesma sala que nós.
-Duvido...comédias
românticas não é a cena dela.
-Dois
anos passaram...como disseste.
-Mesmo
assim.
-Vá,
vamos lá entrar que eu não quero perder nada do filme e esquecer
este percalço.
-Sim...é
melhor.
Entramos
os dois para a sala de cinema e sentamo-nos nos nossos lugares.
Estávamos os dois entretidos...um com o outro e com as pipocas...quando
me...abordam.
-Ana
Filipa? - aquela voz não me
era nada estranha...mesmo, mesmo nada estranha.
Olhei
para o individuo que me chamou...um homem. Pois...não me era mesmo
nada, nada estranha aquela pessoa.
Eu
sempre amei a língua espanhola...sem saber em concreto o porque. Até
hoje! Tinha à minha frente, um homem extremamente idêntico ao meu
pai.
-Desculpe...conhece-o?
-Muito
mal...mas creio que este não é o sitio indicado para falarmos.
Fique com o meu contacto – o
senhor entregou-me um cartão com o seu número e identificação –
espero que me ligues. Passem bem.
Fiquei
a olhar para o homem e, só algum tempo depois, olhei para o cartão.
“Ricardo
Moreira” - MOREIRA!? Tinha o meu apelido!!! Porque é que tinha o
meu apelido!?!?!? Fiquei toda a tremer...seria da minha família?
Seria...irmão do meu pai? Ou alguma coisa a ele?
-Ana...
- chamou o Sergio.
Olhei
para ele...
-Que
se passa? - ele perguntou e eu
só me consegui abraçar a ele, não lhe conseguia dizer nada...nem
eu própria sabia o que dizer...ou o que fazer...muito menos de lhe
dizer o que quer que fosse a ele.
Ficamos
no cinema...mas pouco ou quase nada do filme apanhei. Era imensa
coisa em que pensar e nada do que pensava fazia sentido. Quando
saímos do cinema e nos encaminhamos ao carro, o Sergio, antes de
arrancar, pegou nas minhas mãos.
-Tu
não sabes quem era aquele homem?
-Não...
- olhei para ele...e comecei a
chorar...queria faze-lo, não sei porque...mas precisava de o fazer –
acho...que é da minha família.
-Da
família?
-Sim...é
idêntico ao meu pai...e tem o meu apelido...da parte do meu pai.
-Oh
minha princesa! - o Sergio
puxou-me para ele e aconchegou-me no seu abraço.
Estava
sem saber o que pensar ou fazer. Por um lado...queria saber se,
realmente, aquele homem pertencia à minha família, mas...ao mesmo
tempo...ter alguém...que nunca se preocupou que eu vivesse num
orfanato durante todos estes anos...deixava-me revoltada,
porque...quando mais precisei...de...família...nunca a tinha tido
comigo.
Olá meninas! Antes de mais quero agradecer-vos todo o apoio que têm dado à história através dos comentários. Muito, muito obrigada. <3
Deixo-vos aqui este link: http://demadridcomamor.blogspot.pt/ . Espero que abram e leiam esta maravilhosa história, não se arrependem!
Besos.
Olá meninas! Antes de mais quero agradecer-vos todo o apoio que têm dado à história através dos comentários. Muito, muito obrigada. <3
Deixo-vos aqui este link: http://demadridcomamor.blogspot.pt/ . Espero que abram e leiam esta maravilhosa história, não se arrependem!
Besos.
és maravilhosa e este capitulo como todos os outros estão maravilhosos <3
ResponderEliminarBesos Sergita linda
Maria
Olá!
ResponderEliminarAmeiiiiii! Oh pah estes dois e os seus apetites divertem-me muito xD Gosto muito das conversas deles neste "estado". E os gifs...Inspiradores! Vou "roubar". Se os vires por aí, já sabes xD
E a Pilar... pfff ate eu sentia as mas energias ca! Tambem nao foi prazer nenhum mas avancemos! xD
Esta ultima parte...Grrrrr eu acho que é tio dela. Mas se é para trazer confusao e melhor desaparecer!!
Quero o proximo, guapa!
Beso
Ana Santos
P.S. Adorei a foto no carro! xD
Oh tão fofinhos no cinema!
ResponderEliminarMas algo me diz que a aparição da Pilar e deste Ricardo vai trazer agitação.
Estou desejosa pelo próximo!
Bjokinhas
Mariaa
voces tem muita "fome" logo de manhã :P
ResponderEliminaraquela cena com a pilar...até senti as energias
agora aquele homem...suspeita-me q seja da família da Ana Moreira
próximo sff
Fantastico adorei adorei adorei continua.bjs
ResponderEliminarOlá :)
ResponderEliminarSabes que tive de adiar a leitura do capítulo porque apesar dos gifs serem simples tinha pessoas à minha beira que se os vissem não iam achar muita piada xD
Qualquer dia temos uma "Ana Moreira versão mãe :p
Também não gostei da Pilar, que fique longe xD
E este homem agora? Vai-se a ver e é um tio desaparecido.
Próximos
Beijinhos
Daniela^^
gostei, claro (:
ResponderEliminarmas algo me diz que estas 2 aparições vão trazer revolução kkkk
agora quero o próximo muito rápido, please *o*
beijos, Débora *
Adorei!
ResponderEliminarBeijinhos!